Está a terminar a campanha para as eleições autárquicas. Antes foi para a Assembleia da República.
Facto comum e que não deixa de ser interessante! Agora a coisa muda de figura. Para a eleição da Assembleia da República a questão prendia-se com a satisfação de interesses gerais e particulares. Agora parece-me que são mais particulares! Ou então locais!
Aqui nas terras da charneca ribatejana - a que se chama também de lezíria? - as promessas e as críticas são muitas. Cada um apresenta o seu modo de interpretar o poder local e de querer partcipar nele.
Para melhor esclarecimento digamos que este ano temos um movimento de independentes. Não deixa de ser curioso, para mim, esta sigla. Alegre, depois das presidênciais, criou o MIC - movimento independente para a cidadania. Agora muita gente resolveu herdar-lhe o verbo. O pior é que o apresentam como criação sua.
A poucos dias da decisão final não deixo de emitir algumas opiniões. As listas dos partidos que se candidatam, apresentam os seus modelos e propostas. O actual Presidente apoia-se no trabalho realizado, que foi muito (podem mandar-me mails com animais pendurados, que a verdade é reconhecida).
Mas os ditos independentes é que são a surpresa. Os principais elementos que se perfilam à eleição nada têm de independentes. Eles estiverem preferencialmente integrados nas listas do partido PS, do actual Presidente. Participaram nas campanhas anteriores, apoiaram propostas, incentivaram ao voto.
Agora são independentes. Votem em mim! A democracia é assim. Direitos são direitos. Mas não são unilaterais, são de todos.
À beira da minha decisão tenho que esclarecer que não gosto de campanhas de rancor ou vingança. De mau perder. De arrogância.
Vamos lá. Democracia é democracia e de entre todos os regimes ela é a melhor!