quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Palavras ditas!

Diz-se muito. Aliás, fala-se muito para se escrever mais ainda. Ao apreciar o que circula como informação e esclarecimento deparamo-nos com a permanente manipulação.
A informação deve, ou devia, ser séria. Mas está cada vez mais tendenciosa. Há códigos de conduta profissional que são atirados às malvas. Cada jornal publica a sua sentença. Tudo depende de quem o dirige e das razões que transporta consigo.
É certo que há o tribunal de opinião pública. Ao longo da nossa História isso já aconteceu por várias vezes. A matança dos judeus por volta de 1512, no reinado de D. Manuel, aconteceu porque um frade veio para a rua gritar que os males que havia eram provocados por esses cidadãos. Ele tinha sido informado por Deus, num Milagre.
Vai daí e juntam-se todos os de Lisboa. Passam ao bairro judeu e agridem, atacam, assaltam, matam. É claro que quem mais desacatos e crimes cometeu foram os marinheiros da Flandres (holandeses), que estavam na cidade. E roubaram seguindo depois para os seus barcos, levantaram velas e zarparam antes da chegada das forças reais.
No fim nada do que se apregoara fora verdadeiro.
Podiamos avançar e escolher outros erros colossais que se desenvolveram no chamado "tribunal da opinião pública". Todos eles mostram uma manipulação dos factos e a intenção de acusar alguém. O cidadão bem informado, culto e democrata deve saber distinguir as coisas.
Agora as notícias trazem-nos novas revelações. Outras figuras se levantam.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Para a Madeira, com amor!

O temporal é assim. Não pede licença nem avisa quando chega. Ou será que avisa? E não se tem a consciência de que vem?
Os acontecimentos na ilha atlântica exigem a atenção de todos. Sendo a Madeira uma ilha vulcânica, logo montanhosa, a elevada precipitação provoca desastres consideráveis. Este foi de mais.
Lamento as mortes das pessoas que foram apanhadas pela violência das águas.
A minha solidariedade para com o nosso amigo Jardim. Ele agora merece. E para com todos os madeirenses, portugueses das águas do Atlântico.
A resposta nacional, sendo pronta e imediata, mostra o verdadeiro sentido de estado e de saber governar. Ainda bem.
Acreditemos que tudo vai melhorar!
(A foto foi retirada do sapo net.)

domingo, fevereiro 14, 2010

Ir a Santiago

No fim de semana passado, Sábado e Domingo, fui em peregrinação-visita a Santiago de Compostela. Tirando o nome do Apóstlo, Tiago, ficamos com Compostela: campus stella - a zona onde estacionou a Legião Romana da Estrela.
Transformou-se, ao longo dos tempos cristãos, num lugar de peregrinação.
Não conhecia o lugar e fiquei satisfeito com o que observei e senti.
A visita aos lugares santos e à cidade deram a dimensão da importância que os mesmos continuam a ter sobre os povos europeus ocidentais.
Há um senão para se registar. Numa das ruas, que não fixei o nome, um bar, cafetaria, não nos abriu as portas para entrarmos. Mas à nossa frente vinham compostelanos que entraram. Fecharam-nos a porta. Curioso este tratamento.
Depois, já no Domingo, fomos ver a ria de Arousa (?). Um extenso braço de mar que entra pela terra.
Aí observámos a cultura dos mexilhões e ostras. Muito oportuno o aproveitamento económico.
A prova dos ditos mexilhões foi optima.
Bom tempo este que passámos.

Deu-me para filosofar

É isso mesmo! Neste momento apetece-me criar filosofinices! Que isto de demonstrar conhecimento e sageza é coisa de "rafiné". Estamos em plena erupção de escutosice. Aliás: de técnica de escutar. Esta técnica parece que é assim: "a justiça, diga-se minsitério púplico ou PJ (não sei bem quem efectivamente é) utiliza razões de suspeição e vai daí, com os instrumentos sofisticados fornecidos pelo estado (nós), põe-se a escutar o cidadão. À partida diz-se que há o segredo de justiça e que tudo não passa daí. Mas não, há que acrescentar os jornalistas, os jornais e o Utube. É que me parece que esta história está mal contada. Eu também não sei se estou a ser escutado ou visto e me vão processar. E esta hem?! É que a minha filosofinice dá-me para considerar que as escutas podem estar a ser encomendadas pelos jornalistas para depois as porem a seu belo prazer no jornal e acusarem e julgarem o cidadão na praça pública. Este sistema, que considero no mero campo da dita filosofinice, pode assim ser considerado como sindrome de escutismo (nada de comparar com escuteiros), pode atingir-nos a todos. Eu quero uma Justiça hábil, ágil e democrática. Os tempos do Tirbunal do Santo Ofício, ou (mais próximo de nós) da Pide-Dgs, estão ultrapassados. Não é bom copiar métodos!

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Ditosa Pátria que tais filhos tem!

Seguir as notícias e comentários que os habituais meios de comunicação nos apresentam é coisa de pasmar! O que está a dar é falar e escrever sobre as escutas. Há alegados planos de controlo. No entanto o que vemos e lemos não parece estar sob controlo. No Parlamento Europeu - PE -surgiu algo de insólito. Já lá estive. A construção é enorme. Está rodeada de gabinetes para os tradutores. Quando o visitei estava em sessão. Apenas contei uns 70 deputados presentes. Disseram-nos que os outros estavam a trabalhar em comissões!? O nosso "Rangel" vai daí, já que lá está, levanta-se para dizer que não estamos num estado de direito. Será que estamos num de esquerdo? de centro? O que se confirma é que no dia seguinte aparece a declarar que é concorrente à Direcção do seu Partido. Queria ter uma forma de se apresentar! E diz o que disse e onde disse? Façam dele Primeiro-Ministro, Presidente da República, quiçá da União. A menina Manuel M. Guedes, que já utilizou providências cautelares a seu favor é, agora, acusadora! Vamos melhor. Um cidadão não pode recorrer à Justiça? Num estado de direito pode! Requerer uma providência cautelar contra um órgão de comunicação é atentatório de liberdades? Quais? Há quem seja inatacável? Porquê se estamos num estado de direito? Haja moralidade e ração igual para todos.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Eu, cá para mim, estou preocupado!

Acontece que estou aposentado. E da função pública! As notícias de hoje não me agradam. A bolsa de Lisboa sofreu a maior queda de há muito: menos 4,5%. E isto depois da UE dizer das razões suas sobre o nossso Orçamento. E agora o baile do jardim. Aliás as alterações à Lei das Finanças Regionais para a Madeira. Ouvi, e ninguém contestou, que em 1996 o Estado fez uma ajuste da dívida da Madeira, ficando esta a zero. Em 2006 o déficit daquela região já ia em mais de 600 milhões de euros. Hoje ultrapassa os mil e duzentos milhões. As propostas da Lei são para lhe dar - a ele Presidente Jardim - mais dinheiro. Não dos seus rendimentos, mas dos do País. Quando se poderia esperar o que é necessário: Juízo para todos! É o que se vê! O que tu tens não me interessa, o que eu quero é o meu! Volto ao início: estou preocupado. Andamos sempre às voltas! Sem o sentido da justa medida e do desejo de vencer! Amanhã, na frente Ocidental, talvez haja algo de novo!

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Naqueles tempos era assim!?

Ouvi, ontem, uma estória de espantar. Não, não havia Nau Catrineta, nem perigos no mar. Era passada em terra. Nas terras de Almeirim. Nos idos da década de 20 do Século passado. Já havia República. E, claro, a Igreja continuava. Um morador da cidade, pessoa de mais de noventa anos. Que ainda os há e muito bem! Meu conhecido e amigo. Melhor ainda. Vem a estória "... eu andava na catequese. Aprendiamos as orações e histórias religiosas. Um dia o padre disse que quem tivesse bom aproveitamento ía a uma visita a Fátima, à Procissão das Velas. Eu fiz tudo certo. Não havia dúvida. A minha mãe preparou-me o melhor fatinho de cotim. Engomou-o, preparou um pequeno farnel que eu levei numa bolsa de pano. Fomos todos para a frente da Igreja. Chegaram as camionetas. O padre foi chamando os meninos para entrarem. Um a um lá foram entrando. O meu nome não surgia. Esperei e vi a primeira camionete fechar as portas e avançar. Veio a segunda. Continuou a chamada porque eram muitos. Lá estava eu à espera com a bolsa do lanche na mão. Não dizia nada. Deviam chamar-me. A terminar a chamada só fiquei eu, de pé. Nisto, de junto da parede da Igreja sai um miúdo que era pouco entendedor das coisas que se ensinavam e só criava problemas. Veio a correr, entrou e a porta fechou-se. A camioneta arrancou. Eu fiquei, parado, à espera. Ninguém me chamou. Depois de passar alguns dias de voltarem o padre chamou-me. Eu não tinha reclamado nada. Ele disse-me: Tenho que te pedir perdão pelo que se passou. Fiz toda a viagem contigo à minha frente. Mas, sabes? Isto aqui é assim: eu passo na rua pelo senhor Dom Manuel e tiro o chapéu e cumprimento sua excelência. Se passar numa rua e outra pessoa qualquer me cumprimentar eu nem ligo e digo olá. Aquele último a entrar foi porque a mãe dele é das coisas aqui da Igreja, sabes? Resta acrescentar que a criança de então, hoje quase centenário, era orfão por morte do pai e a mãe fazia grandes esforços para sustentar os filhos. E que viva a Reública.