quinta-feira, novembro 06, 2008

A Madeira é um Jardim

Hoje surgiu uma notícia muito importante. Seguindo a mesma linha de pensamento que já apresentei no texto anterior, esta é mais uma afirmação da incompatibilidade que há entre quem quer exercer o poder que conquistou nas urnas e quem quer impôr o que não conseguiu. Na Madeira, na sua Assembleia Regional, um deputado apresentou-se com os símbolos execráveis do nazismo. Era para insultar os outros, a maioria democrática, que venceram as eleições. Não sabe o dito senhor que na Alemanha a exibição de distintivos nazis e a referência explícita a eles e à sua acção é punível criminalmente? Trazer essa coisa para aqui é inaceitável. Por muitas razões que queira ter, esse facto só demonstra que é pior do que aqueles que quis criticar.

Criminalizar o Poder Autárquico?

Acabo de ler a notícia sobre o arquivamento de uma queixa apresentada pelo ex-presidente da Assembleia Municipal de Almeirim, feita contra o Presidente da mesma Câmara. A dita vem no Jornal o Mirante desta semana. Ao que refere a apresentação da queixa fez-se no Tribunal de Leiria. Razão da mesma: a questão da Prisão na Ribeira de Muge. Das alegações parece-me que é de se ter em conta o seguinte: a queixa foi apresentada mas ainda nenhum sobreiro foi abatido; outra a propriedade foi atribuida à Junta de Fazendas sem limitações específicas de direito de posse. O que é de se ter em conta na dita queixe é de que foi feita para criminalizar um acto que resulta da assumpção do Poder Democrático: quem vence as eleições para o exercício de um cargo autárquico tem o direito legítimo e democrático para o exercer. O Ex-Presidente da Assembleia não sabe isso? Quer retirar a propriedade da Herdade dos Gagos à Junta de Freguesia de Fazendas? Para a dar a quem? Ignora que essa propriedade tem funcionado como uma base de apoio a acções de melhoria da freguesia? Tenho assistido - lido - à apresentação de inúmeras queixas, por autarcas desavindos, contra a gestão municipal. O poder Autárquico é para se exercer por quem o obteve democraticamente e não por desisões de tribunais a favor de quem não o tem e o quer ter.

quinta-feira, outubro 16, 2008

O que Eu vejo ...

Há a proposta para a construção de um novo Centro Escolar em Almeirim. Aqui o processo vai adiantado. Lugar escolhido, planos aprovados e concurso aberto. Não considero que seja importante discutir as razões da anulação do concurso porque em qualquer momento é sempre tempo de se emendarem erros. O que importa é a existência de um Espaço Escolar condigno e que permita melhores condições de trabalho. Já para as Fazendas há a proposta em curso de uma Casa da Cultura (ou Centro Cultural). A vila é a maior do concelho. Avançar com a construção de um espaço dedicado às Actividades Culturais constitui um passo importante para abrir novos horizontes às populações. Já agora aproveito para deixar no espaço cibernético (para alguns maléfico) a proposta. Almeirim- cidade não tem Casa ou Centro de Cultura. Não me parece importante. O que é importante é um espaço para a amostra e Exposição do Passado da Terra. Para os materiais arqueológicos do concelho, para as alfaias agrícolas e instrumentos dos artesãos que aqui existiram. Enfim para ser uma Amostra Cultural e Técnica do que foi a Vida nesta terra. Há à venda a adega da Rua das Faias, foi do Dr. Francisco José Godinho ( ao que me parece) e depois esteve alugada à família Pinhão. Ainda lá está uma caldeira de destilação para a aguardente. É um espaço que reune condições para ser transformado e permitir uma Amostra Cultural de peso. Comprem aquilo!

segunda-feira, outubro 13, 2008

Ora arranca, ou não arranca?

As notícias de hoje parecem melhores dos que as de ontem. Escrevemos sobre a situação da "Crise Finaceira" e não esperávamos resultados tão rápidos. A taxa Euribor desceu, as Bolsas subiram. Lindo Mundo Novo. Depois das afirmações e decisões dos Governos, as Instituições parecem reagir. É bom haver quem mande, mas mande bem. Ouvi os nossos profissionais da política. É engraçado como se demonstram, por outras palavras, o que se pretende. As críticas do BE são de gritos. O que há a fazer é ajudar as famílias. E de que maneira? O Estado distribui senhas de racionamento? Oferece 10 salários mínimos a cada família? Comanda o Sistema e impõe a sua vontade? Mas isto é o que preconiza a Ditadura do Proletariado. Já sabemos o que aconteceu e como ficaram os países onde ela foi aplicada. O BE não sabe. O mesmo para o PC e para o CDS/PP. Normalmente devíamos estrar atentos às reacções de cada um dos interventores na política caseira. É preciso conhecer bem onde se está. Agora o que me parece de ser sujeito a um controlo mais eficaz e sério é a acção dos Gestores da Alta Finança. Jogaram de qualquer maneira. Novos Produtos, mais agressividade financeira, e aí está! Espero que não me prejudiquem mais.

sábado, outubro 11, 2008

Ai ólinda!

É assim. Continuamos na nossa terra a assistir à novela das relações autárquicas. Agora vamos ter no dia 14 a reunião extraordinária da Assembleia Municipal. Razão: votar a destituição da mesa da Assembleia. Como chegamos até aqui? Tudo se desenvolveu com base em conflitos pessoais. Interesses de cada um e relações de Poder. É que não é possível deixar de considerar que o actual Presidente da Câmara, o Prof. Sousa Gomes, tem imprimido um ritmo de crescimento e expansão urbana, em todo o concelho, que é digno de nota. Podemos criticar algumas das opções considerando que poderiam ter tido outro andamento mas não é lógico ignorar ou desdizer de que está feito. Não me parece que em qualquer outro tempo se tenho feito mais e melhor. O concelho, por inteiro, sofreu transformações assinaláveis que mudaram a vida das pessoas. Ora o que está então em causa? Como escrevi, parece-me que são questões mais relacionadas com problemas pessoais e não gerais. A fraseologia que tem sido utilizada pelos elementos que hoje constituem a oposição na Câmara, é de uma pobreza confrangedora. Acrescente-se ainda os insultos proferidos a propósito da Prisão a construir na área da Ribeira de Muge, próximo de Marianos, e na freguesia de Fazendas. Podemos estar contra a localização ou os métodos seguidos mas não podemos estar contra a construção e funcionamento do estabelecimento prisional. Ele representa um investimento assinalável e vai trazer consigo mais riqueza. É claro que há que se ter em conta a segurança dos espaços e dos lugares. Mas não me parece que isso possa ser motivo para tanta movimentação ou violência política. Quanto à Assembleia Municipal eu sou dos que consideram que quando se assume uma responsabilidade perante uma organização política ela deve ser cumprida. Quem está contra deliberações ou actos que não aceita só tem dois caminhos: ou se demite invocando as suas razões ou muda de lugar. Em qualquer dos casos o Presidente da Assembleia Municpal devia considerar que foi eleito pelos seus camaradas de lista para ocupar o dito cargo. Ser Presidente da Mesa da Assembleia resulta da eleição feita pelos elementos eleitos e não por votação directa dos cidadãos. Assim a sintonia política tem que ser completa. Estou informado da situação porque leio as crónicas dos jornais que acompanham as reeuniões. Já que parece ser, agora, moda ameaçar com os tribunais quem critica ou imita opiniões, esperemos pelos resultados. Já o sábio Povo diz "quem não quer ser lobo, que não lhe vista a pele".

Admirável Mundo Novo

Estamos numa nova era. As mudanças são tão repentinas que os governos são apanhados de costas. Ainda ontem eram os melhores, estavam prontos para tudo. Hoje são reuniões conjuntas, estratégias de intervenção conjunta, procura de soluções rápidas e imediatas. Aí está a crise da Bolsa, dos sub-prime (ou lá o que são) a falência das instituições bancárias. A adopção, desde o governo de Reagen nos EUA, da política de completa liberdade de acção para os agentes dominadores dos mercados financeiros, segundo o princípio de que esses mesmos mercados se iam regular entre si, é o que se está a ver. Um cambada de super-heróis financeiros, utilizando os dinheiros dos depositantes e aforradores, utilizou a seu belo prazer o poder de "gerir". Quanto mais melhor. Os Governos - o dito G7/ + 1- liberalizaram os mercados, internacionalizaram os espaços económicos. As multinacionais e grandes empresas passaram a explorar esse "caminho" de facilidades e vá de "deslocalizar empresas". Logo surge o encerramento de empresas nos países desenvolvidos e "mais ricos". Afinal não tão ricos assim: deslocalização significa desemprego, desemprego significa falta de dinheiro, esta falta por sua vez gera a impossibilidade de se cumprirem contratos. O não pagamento de dívidas e de empréstimos leva à falta de dinheiro nos Bancos. Cá estamos num circulo interminável de dependências. Ignorantes. E ainda por cima são pagos como um rei árabe. Esperemos que não nos tirem as nossas poupanças.

segunda-feira, junho 23, 2008

A minha Pátria é a Língua Portuguesa

Tem havido muita discussão sobre esta assunto. Tudo a propósito do novo acordo ortográfico. Acontece que a crítica que se faz tem a ver com as novas regras de sintaxe e morfologia das palavras que se passarão a aplicar. Todos sabemos que a Língua portuguesa é falada "nos quatro cantos do mundo". No Brasil, em Portugal, em Angola, Moçambique, Guíné, S. Tomé, Cabo Verde, agora em Timor. E também nos destinos de emigração - vi muitos dizeres e nomes colocados nas Ruas de Newark, nos EUA. Um dos aspectos que se devem ter em conta são os que se relacionam com a soberania dos países onde a Língua é falada. A distribuição geográfica da sua implantação resultou de expansão marítima portuguesa - facto tão esquecido - o que constitui uma proeza universal. Em cada um dos países indicados juntaram-se povos de várias origens e de várias línguas e dialectos, tendo-se todos convertido ao português que falam hoje. Isso constitui um facto de dimensões extraordinárias. Se lermos textos portugueses dos Séculos XVIII para trás, veremos que muitos dos vocábulos que agora se repetem para significar a adulteração da língua, eram utilizados como regra. O facto de Portugal se ter afastado do Brasil, não mantendo qualquer ligação diplomática sobre a utilização da língua, provocou uma evolução diferente para os dois países. Em Angola está a acontecer o mesmo: quando nós pronunciamos o "mas" como consoante, eles pronunciam "máis" e isto é já comum. O novo Acordo Ortográfico é uma necessidade. Mais vale haver um conjunto de regras comuns do que cada um aplicar as suas. A universalidade é a verdadeira Pátria da Língua Portuguesa.

Palestra a 24 de Junho - E aí está Paço dos Negros

O dia 24 de Junho é uma data importante. Acontece depois do S. João, no Porto, e da festa dos martelinhos Há uma palestra em Paço dos Negros e logo no "Paço Real". Parece-me que devia haver mais contenção nas classificações dos espaços sobre os quais se deve realizar um trabalho aturado e eficaz de protecção patrimonial. Mas a razão para a palestra está no facto de se organizar um protesto sobre a localização do futuro estabelecimento prisional. Não discuto a manifestação - em democracia os actos públicos dos cidadãos são parte integrante da vida e constituem uma excelente forma de participação na vida pública. Acontece que não vejo a situação do mesmo modo. Não há qualquer perturbação para as populações locais pela referida instalação. Assim sendo temos que considerar que todo o tipo de estabelecimentos do mesmo género passaria pelas mesmas considerações. O que me parece de se ter em conta será a importância do impacto da construção sobre a zona. Principalmente no que se relaciona com a área florestal. Outra indicação é a do secretismo das negociações. Não estou a par do referido processo para poder responder com clareza. O que estava em jogo? Os benefícios de uma construção do género, tendo em atenção tudo o que vai necessitar para funcionar, não são de desprezar: os produtores agrícolas locais podem ter um mercado para os seus produtos. A movimentação de pessoas pode originar um reforço dos transportes e da restauração que se traduzem na melhoria das condições de vida. Agora, e como é óbvio, todo o processo deve obedecer às mais elementares regras de funcionamento e de segurança. Convidar um Presidente de uma Câmara de um concelho vizinho, que luta pela instalação no seu espaço concelhio dos mesmos serviços, é coisa que não lembraria ao Diabo.

quarta-feira, junho 18, 2008

Paço dos Negros está na Moda?

A informação chegou-me por palavras ouvidas. Em conversa fui informado que se realizara uma reunião da Assembleia de Freguesia nas Fazendas para se informar sobre a possibilidade (ou realidade?) de se construir um estabelecimento prisional em Paço dos Negros, nos Gagos. A cadeia de Lisboa será desactivada e os presos, cerca de 1.200, serão transferidos para uma nova instalação. Aqui vem Paço dos Negros. Ao que parece a Câmara e a Junta candidataram-se à construção, com indicação da propriedade da referida Junta na zona dos Gagos. Tudo bem. Uma cadeia, para um número elevado de presos, oferece cindições de melhoria da vida local: mais pessoas em movimento, casas para alugar ou vender, venda de produtos locais para a alimentação, restauração, etc. Estas bonificações locais não são de desprezar. No entanto, ao que me foi dito, não houve qualquer informação ou notícia pública sobre o assunto, quando o mesmo se encontrava em fase de negociação?? Apareceu em cima da mesa já pronto! Será? É esquisito à brava. O que me perturba é a destruição dos sobreiros na zona de construção. São 26 ha, para uns, 40 para outros. É uma área considerável. Quem tiver oportunidade de acesso ao Google, poderá observar a mancha da paisagem na zona do concelho de Almeirim. Há uma grande área a descoberto, como resultado da acção agrícola. A radiação solar deve ser enorme. Agora com uma maior desflorestação isso ainda vai aumentar. Mais alterações climatéricas. Mas que é um bom negócio, isso é verdade.

quarta-feira, junho 11, 2008

Todos à descoberta de Petróleo em Almeirim.

É o que está a dar. O preço ganhou asas e voa dia-a-dia. Nós suportamos a carestia e os valores elevados. Há agora uma manifestação dos empresários individuais (?) para conseguir bonificação de preços. Também espero conseguir porque não me apetece pagar preços altos para outros os terem por baixo. Estive em NY e lá ouvi, pela TV dos ditos americas, que o preço dos combustíveis estava a criar problemas. Os taxistas, camionistas individuais e outros transportadores, queixavam-se de que o preço os estava a prejudicar. Eles têm carros mais potentes dos que aqui se utilizam. No entanto não ouvi qualquer referência a manifestações para o estado dar qualquer bonificação ao combustível. Por isso aqui vai um conselho: vamos arranjar umas pás de cavar muito fundo e procuremos o dito petróleo. Isso é que era um grande negócio.

segunda-feira, junho 09, 2008

Já de chegada

Estação do Metro
Tudo é rápido. Depois de uns dias de visita eis que somos chegados à velha Almeirim. É mais velha como localidade que NY.
Agora é tempo de lembrar os dias passados na descoberta da cidade mais cidade do mundo. Já escrevi que aí se encontra a perfeita ligação entre o homem e a vida urbana. Tudo é feito na cidade. Os espaços de lazer, os que são evocativos da natureza primitiva, são construídos de modo a não se esquecer que ali é cidade.
As ofertas culturais são excelentes e completas. Dos Museus às Exposições, da apreciação de estilos arquitectónicos às vivências de rua. Tudo se pode encontrar. Riqueza e pobreza, também lá estão.
Nos Museus e Exposições foi possível observar, para além do que lá se encontra, as pessoas que os visitam. Aqui surgiu uma semi-surpresa: os alunos das Escolas, dos Jardins de Infância às Escolas Secundárias, visitam assiduamente esses lugares. Sentam-se no chão, fazem trabalhos sobre o que observam. Comentam entre si. Falam alto, aliás toda a gente fala alto. É um contraste com o que aqui se passa. Quando ía com os alunos a um Museu era o cabo dos trabalhos, havia sempre gente a interromper, a chamar a atenção para o barulho dos alunos e para as suas correrias. Ali, em NY, os alunos fazem barulho, correm, observam, tiram notas. As pessoas presentes, os visitantes, desviam-se, deixam-nos recolher as informações. Observam-nos com simpatia. Engraçado que já tinha visto isto em Londres.
A cultura é para todos, o conhecimento é um direito universal.
Aqui vão umas imagens. Elas também falam, contam o que é a realidade. As duas primeiras imagens mostram um quadro patente numa Exposição que se apresentava no salão do Clube Português de Newark e o difício do Clube Português na cidade.

terça-feira, junho 03, 2008

Aí vai um adeus.

Agora estou de partida. Embora tenha estado bem longe não deixei de ler o "Pincel". Muito bem. Quando estamos fora da terra e do país o nosso "olhar" torna-se mais reflexivo, mais atento e crítico. Há uma forma de exercer o poder que aqui não tem lugar. Parece que na nossa santa terrinha o poder é exercido para se continuar nele. É como andar de automóvel: em novo não precisamos de oficina, mas quando mais kms tem mais reparações se fazem. No poder quanto mais tempo se está mais estratagemas se utilizam para continuar nele. 
Aí vão umas fotos de ká.

sexta-feira, maio 30, 2008

Vida na Cidade

Ontem fomos visitar a Galeria Whitney. Aproveitámos pois era o úlimo dia da "Whitney Biennial 2008". Tivemos a oportunidade de conhecer os artistas americanos da arte moderna e contemporânea. Um mundo muito interessante.
Hoje foi dia do American Museum of Natural History. Passámos lá o dia todo. As exposiões relacionam-se com a vida em todos os continentes e foi uma viagem enriquecedora.
Por todo o lado havia gente de váias nações, raças e línguas, aliás como acontece por toda a cidade. As crianças, mais pequenas e mais crescidas, acompanhadas pelos professores, corriam pelo espaço, conversando, vendo, tirando notas. 
Fez-me lembrar o tempo de professor. Exactamente a mesma coisa.

quinta-feira, maio 29, 2008

Outra terra, outro Mundo

Estou instalado nas Américas. Melhor será escrever na América, pois encontro-me em NY. Há seis dias que percorro as suas ruas e visito os espaços culturais e paisagísticos. A paisagem urbana, aqui, ultrpassa a noção que já tinha. Tudo é urbano. Tudo está adaptado à vida na cidade. 
Encontramos por todo o lado gente de todas as Nações. Todas, ou quase todas, as línguas faladas se fazem ouvir. Esta será a verdadeira definição de "Torre de Babel". Os espaços Culturais estão por toda a parte. E o que se verifica é que a sua quase totalidade deve-se à acção de proprietários particulares. Ganharam muito dinheiro, mas deixaram uma grande parte dele aplicado em benefícios a favor dos "urbanos novaiorquinos". No nosso país isso não existe.
O que existe é a permanente exigência para com o Estado. Tem que fazer tudo! Tem que dar tudo! E viva o futebol!
Já agora acrescento: na nossa almeirim verifica-se uma grande actividade desportiva! Há jogos de tudo. Promovidos pelo município. Mas quando solicitamos apoios para outras actividades é o que se vê!
Cumprimentos de ká.

terça-feira, abril 15, 2008

Vamos à Madeira

Mais uma questão levantada pelo senhor da Madeira. Já tinhamos ouvido e lido as palavras do Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama: havia que se considerar o papel democrático dos governos de Jardim - a Madeira apresentava e apresenta níveis de desenvolvimento e de qualidade de vida que estão nos primeiros lugares da tabela nacional. O estudo sobre os tempos de antena na Televisão do estado vieram dar uma percentagem de 69 % de tempo para o Governo e o partido do poder, nos Açores. Na Madeira essa percentagem atinge os 51%. Onde está o deficit democrático? Agora a visita presidencial trouxe outro problema. Jardim falou em não se realizar qualquer cerimónia na Assembleia Regional. O Presidente da República está na Madeira de visita oficial. As vozes dos habituais críticos fazem-se ouvir. Mas o que queriam? Anular a visita do Presidente da República à Região da Madeira? E depois? Erradicar o Governo Regional? Parece-me que há muita falta de bom-senso.

Afinal estava certo!

Há dias escrevi sobre o "acordo" dos sindicatos de professores com o Ministério da Educação. Tudo parecia que ia voltar ao relacionamento normal. Não é verdade. Como estava à espera há os que dizem não. Agora vemos surgir uns quantos professores a criticarem os sindicatos, dizendo que eles não representam ninguém e que cederam no que não se deveria nem era para ceder. Verifica-se que a grande manifestação não teve a organização dos sindicatos. Há assim um descontentamento que assenta em vários motivos: tempo de serviço e horário das escolas, tempo e idade para a posentação, escalões da carreira e a avaliação. Querem mudar tudo, ou melhor, voltar ao que era dantes. Sem qualquer acrescentamento pode-se dizer que o tempo já é outro e que agora as coisas da carreira são também outras.

sábado, abril 12, 2008

Ora devolvam lá a "massa"

Agora é que se viu que a Caixa Nacional de Pensões descontou durante os quatorze meses a ADSE aos aposentados. No activo o desconto é sobre os doze meses. Não sabia disso porque não nos mandam mensalmente a informação dos pagamentos feitos. Apenas sabemos o que é depositado. Ainda bem que se reclamou sobre o assunto. Já agora creio ser importante que possamos receber a informação mensal dos pagamentos e dos descontos efectuados. O aumento do imposto que me fizeram, desde o ano passado, deve dar para pagar o papel.

Sai Champanhe.

Há acordo? Talvez seja entendimento? Não se sabe ao certo. Na educação parece terem encontrado uma "plataforma" de "perco menos e tu perdes também"! Aconteceu o que estava a prever: nenhuma das partes veio a radicalizar ainda mais o seu discurso. Enfim, vamos aguardar mas não acredito que se chegue a uma conclusão positiva. Isto é do género: eu quero, tu vais querer ele não quer.

E a novela continua

Mais uma leitura de jornal regional e mais uma notícia sobre os nossos autarcas. Mais um episódio desta nova novela entre os elementos desavindos na edilidade. Há conflitos que se tornam insanáveis. Este é um deles. Já não interessa perguntar sobre as razões e desrazões. Agora o que me parece é que se torna necessário um ponto final. Nestas guerras "de não alecrim e sem manjerona" não é possível encontrar coisas ou razões positivas.

sábado, abril 05, 2008

Almeirim city - parte 2

Bastou estar fora uns dias para saber novidades. No último número do jornal da terra"O Almeirinense" vem a notícia: na reunião pública da Câmara o vereador que já foi vice-presidente pede uma auditoria externa à Câmara. As palavras são as do costume, com insânia quanto baste. Não consigo perceber esta nova modalidades de reuniões públicas e de apresentação de insultos, ameaças, injúrias. É como diz a vizinha "lavagem de roupa ..." Tanta coisa para fazer e tanto tempo e saber desperdiçados!

sexta-feira, março 28, 2008

Configuração do Tempo Actual - 2

Está em cena o Tibete. Convém lembrar que era um país independente até à invasão das tropas chinesas, do célebre Mao Ze Dong ( Mao Tsé Tung dos tempos antigos). Foi incorporado, nos anos cinquenta do século passado, pela vioência militar, no território da China. Agora há manifestações dos nacionalistas (tibetanos) a reclamarem direitos e liberdades. É notório o estado da situação, de acordo com as notícias que nos chegam. Estou solidário a 200% com a luta pela Liberdade e pelo respeito pelos Direitos Humanos. Mas o que quero assinalar é a posição que ouvi e vi em directo do "camarada" Secretário Geral do PCP. Esteve na exposição sobre os cinco anos de guerra no Iraque - outro acto nefando dos senhores do Ocidente (?) que se julgam todos poderosos. Mas voltemos ao camarada Jerónimo de Sousa. Quando falou sobre a invasão do Iraque revoltou-se com o acto, denunciou atrocidades e violências - de acordo. Mas a seguir, sendo questionado pela jornalista sobre o Tibete, o seu olhar e a sua fisionomia mudaram. Mas que ar de Santo. Mas, meu Deus, então não se estava a ver que havia manipulação de inimigos do povo chinês? Até o Dalai Lama dizia...! Fiquei estupfacto! A Liberdade e o direito à independência não têm cor nem sabor político, existem.

Configuração do Tempo Actual - 1

Todos assistimos ao video que revelou a cena passada na Escola Secundária Carolina Michaelis, na cidade do Porto. Depois do que já escrevi sobre a problemática da Educação, agora há uma situação real e palpável. Em primeiro lugar devo felicitar o aluno que fez a gravação. Embora violando as regras a que estava sujeito, tal com a não utilização do telemóvel na sala de aula e o direito à privacidade da imagem, o certo é que conseguiu transmitir uma mensagem em tempo real: A Indisciplina e a violência nas Escolas. Não é coisa nova. O que não quer dizer que haja qualquer desculpa por isso. Tenho para mim que a responsabilidade desta e de outras situações idênticas não deve ser apenas imposta aos pais e encarregados de educação ou ao Ministério. Em primeiro lugar deve dizer-se - e digo como resultado da minha experiência profissional no ramo - que há uma séria responsabilidade da Escola, principalmente revelada através do comportamento de muitos Conselhos Executivos - senão da grande maioria - que não age de imediato sobre estas situações e não acciona os meios existentes nas Escolas para o efeito. Depois há igualmente que se considerar a conivência - encapotada - de muitos professores que não querem "criar ondas" ou arranjar "problemas" com os pais ou com o "Ministério". Outro sim há que se referir a actuação das Delegações Regionais e de outros organismos ligados à Educação que sempre procuraram proteger "os meninos violentos". Neste caso a situação da Delegação Regional da Educação do Norte, que num caso anterior e na mesma Escola, ultrapassou o conselho de turma e a própria Escola, avocando a si a resolução do caso, e que resolução! Teve um comportamento medíocre e execrável como orgão ligado à gestão escolar. O telemóvel tornou-se numa arma de poder considerável. O aluno que o utilizou não nos mostrou apenas o que ele visualizou. Ele foi o "espelho" da situação vivida no momento. Nos actos e nas palavras.

domingo, março 09, 2008

A Grande Marcha

Todos assistimos à manifestação de Sábado. Dezenas de milhares de Profesores desfilaram em Lisboa. A razão estava na contestação da Política Educativa do Ministério da Educação e da sua Ministra. Tenho ouvido e lido que a razão desta manif. era a de contestar a Avaliação. No entanto o que se ouviu foi mais ligado à contestação Política dos processos de reforma do Sistema Educativo. Acontece que há uma premente necessidade de Reforma. O Mundo já não é o mesmo que o de há dez ou vinte anos. As coisas do Ensino-Aprendizagem transformaram-se com enorme velocidade. Sem se Reformar - modificar o processo de funcionamento de todo o Sistema - não parece ser possível a Modernização dessa mesma Aprendizagem. Claro que Reformar implica alterar, modificar. E isso é coisa que vem mexer com o que se fazia e se aplicava. Vivemos já outros tempos, que foram primeiramente notados e seguidos pelos alunos. As mentes jovens são mais permeáveis à modernização, ao que é novo e diferente. Agora a Manif. veio mostrar o descontentamento da Classe dos Professores com essas Reformas. Diz-se que elas estão mal definidas, que não foram negociadas, que não se dialogou. Enfim, a mesma conversa de sempre. A realidade mostra que se está num impasse. Os Professores radicalizaram em absoluto o processo de contestação. Deram-lhe características de contestação política, assumida por várias forças partidárias que perderam as eleições. A questão profissional passou a questão política. O que é um erro no meu entender. Então e agora? Quando vão iniciar-se os processos de Greve, a arma dos trabalhadores?

terça-feira, março 04, 2008

Uma Exposição que mexeu com todos

Terminou a 16 de Fevereiro a Exposição sobre os Médicos na nossa terra. Esta amostra do trabalho e das pessoas que exerceram a sua actividade profissional em Almeirim e no seu concelho veio revelar a importância social que o médico teve. Já não basta só lembrarmo-nos de Júlio Dinis e da figura do célebre João Semana.
Os médicos em Almeirim tiveram um papel deveras importante junto da sua comunidade. Foram médicos, assistentes sociais, conselheiros, psiquiatras, dentistas, parteiros. Enfim, houve uma dedicação que se revelou na memória de cada um e nas dos que com eles tiveram contacto.
Esta Exposição pretendeu atingir todos os que aqui exerceram a sua actividade, não descurando uma homenagem aos que não estiveram representados.
O resultado foi bastante positivo, tendo havido uma grande afluência de gente.
Para a próxima, próximo ano, lá estaremos com nova amostra da realidade local.
Fotos da Maria José

segunda-feira, março 03, 2008

Viva a Marita

Na sexta-feira houve festa de despedida. A Professora Marita, da minha antiga Escola Febo Moniz, entrou no outro lado. Aposentou-se. Lá estivemos com ela a comemorar este momento. Acabou a fase de actividade profissional. Começa agora a outra fase: ter o seu próprio tempo, as suas ideias e as suas próprias criações. Para um professor a aposentação surge como um momento de descanso depois de tantas agruras e dificuldades. O trabalho de ensinar, ou estar na acção de ensino-aprendizagem, é gratificante, mas também é necessário o tempo de paragem. Para a Marita uma saudação especial. Ela foi um elemento especial que encontrei no Ensino. Que tenha muita saúde e faça o que mais lhe apetecer.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Todos ao Bolhão ? (Bulhão?)

A situação na cidade do Porto é muito curiosa. Ao que sabemos há a intenção da Câmara de recuperar o Mercado do Bolhão, fazendo a dita recuperação através de um contrato de exploração com uma empresa. A reclamação está na proposta para se acrescentar um supermercado nos pisos superiores. Que a recuperação é imperiosa é coisa que ninguém contesta. Que a Câmara se encontra endividada em excesso também não me parece que seja de questionar. E agora? Como pagar? As parcerias ou concursos para a entrada de privados em espaços públicos não pode ser combatida. Não somos um Estado de economia dirigida, aliás sentimos bem o que isso é. Mas o que me parece ser de gritos é a entrega de uma petição, com cinquenta mil assinaturas (até podiam ser mais), na Assembleia da República. Querem que se trave a acção municipal sobre o assunto. Mais uma grande curiosidade esta. O Poder Autárquico tem uma Legislação própria, é autónomo e funciona com as regras democráticas: exerce o poder quem obtém a maioria dos votos. Ora exigir a intervenção de outro órgão de soberania no Poder Autárquico é subverter as regras do jogo.

Professores e Avaliação

Temos ouvido bastantes coisas a propósito da Avaliação de Professores. Como se isso não bastasse temos visto muito mais coisas. Acontece que ainda não percebi quais são as razões que levam à contestação. Sou Professor Aposentado. Devo acrescentar que ainda tive a oportunidade de o último a sair com a porta a fechar. No meu trabalho diário sempre procurei responder com clareza e com conhecimento às situações que me foram surgindo. A avaliação a que me sujeitei foi a mesma que estava disponível para todos. Acontece que participei em inúmeras actividades e sempre tinhamos os nossos "avaliadores" de bancada. Agora há uma legislação para esse feito. Tirando o facto de não estar bem informado sobre o tema, considero que a Avaliação não pode ser rejeitada só porque existe ou porque contém pontos duvidosos. Ela ainda não foi aplicada e a reclamação não pode ser descartável. Está a passar para a generalidade dos cidadãos que trabalham a figura do professor que não quer ser avaliado. Que recusa tal facto. Os profissionais não podem recusar o que é óbvio. É necessário exigir melhores condições de trabalho, de funcionamento do sistema, de respeito pela figura do educador. Mas há que se ter em conta que é necessário que cada um dê o melhor que pode e sabe.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Exposição Almeirim Pessoas e factos - A Saúde

A Exposição sobre a Saúde - Os médicos na nossa terra, apresenta-se no dia 12, pelas 16,00 horas, na Galeria Municipal. É uma acção cultural organizada pela Associação de Defesa do Património e tem como intenção a apresentação de uma actividade profissional que teve uma grande importância na vida local. Depois de ter sido divulgada no Jornal "O Almeirinense" surgiram alguns telefonemas sobre o assunto. Foram dirigidos a mim, uma vez que sou o Presidente da mesma Associação. É engraçado verificarmos já o impacto desta Actividade Cultural, quando ainda não foi aberta ao público. É preciso esclarecer então que a dita Exposição é uma das Actividades da Associação de Defesa do Património e da Cultura de Almeirim e que, por isso, é feita com objectivos e finalidades específicas. Pretendemos apresentar um modo de vida que marcou gerações. Ainda hoje se fala em determinados profissionais que deixaram marcas na forma e no modo como trataram as, e com, pessoas. Como Acçção de Património Cultural ela apresenta aqueles que já não se encontram entre nós. Mas que não devem ser esquecidos. Tenham isto em conta.