domingo, julho 29, 2007

Almeirim - Rua Almirante Reis

As sondagens arqueológicas efectuadas nesta Rua aparecem a revelar algumas estruturas. Depois do que se efectuou na mesma Rua, um pouco mais à frente, do que se fez na Travessa do Mercado e na Rua da Praça, desta vez nota-se a existência de alguns vestígios do que terá sido uma das paredes, ou muro, do Paço.
O que me parece de se ter em conta, para já, é o facto da dimensão do referido Paço não ser a que se poderia considerar.
Há, na zona aberta, a existência de alguns orifícioss arredondados de pequena dimensão. No meu entender não têm nada a ver com a construção. Era costume, na vila, arranjar as ruas para a passagem da Procissão do Senhor dos Passos. Nesses arranjos e decorações colocavam-se paus enterrados para suportar as bandeiras e outros enfeites das referidas ruas. Este pode ser o caso para explicar aqueles pequenos buracos na estrutura posta a descoberto.

quarta-feira, julho 18, 2007

Saramago, José - 2

Agora já se percebe! O homem passou-se. A última é a de que o chefão da Venezuela não é populista. O dito Hugo Chavez que manipulou a Constitução do país para poder ser eleito as vezes que quiser. A sua Assembleia Nacional que vem para a rua fazer plenários, com ataques à oposição, e rodeada do seu "povo". O encerramento das Televisões não seguidistas e com outras ideias. A utilização dos dinheiros do petróleo para distribuir "aos pobres", enfim é isto que o nosso Saramago queria aqui, ou na espanha?!

Saramago, José - 1

O nosso Nobel está possuído? Será? E por que males ou espíritos destruidores? Não é que o nosso Escritor agora defende a integração de Portugal em espanha?! Assim mesmo, escrevi com letra pequena. A afirmação nacional portuguesa tem mais de 800 anos de História. Há uma identidade única e resistente. Na chamada Peninsula Ibérica só subsistiram dois países, dos 5 que existiam no Século XIV. E porquê, cambada? Porque não há hipótese. Que tipo de consciência nacional terá quem defende a submissão da sua Pátria a outra?

segunda-feira, julho 16, 2007

Lisboa, capital do absurdo

Já sabemos o resultado das eleições da cidade de Lisboa. A abstenção ultrapassou o que poderia ser o razoável. Estamos a falar da capital do País. Da cidade mais cosmopolita e com mair índice de desenvolvimento. Ao que dizem lá é que mora a inteligência e o modernismo. Mas ficou em segundo lugar a lista que contém os elementos que foram a causa das eleições antecipadas. Ao que soubemos a Câmara caíu porque foram considerados arguidos em caso de corrupção o Presidente e mais dois vereadores. Também está certo que a presunção de inocência é um direito inquestionável. Vejamos outros casos idênticos: O que se passou em Felgueiras, onde a Presidente de Câmara "foi" para o Brasil para escapar ao mandato de detenção, o caso de Valongo, a seguir Oeiras e agora Lisboa. Quem quiser acusar os senhores autarcas que se cuide.

O Reino do Terror

Agora está na moda divulgar as mensagens do Bin Laden. Sendo o homem mais procurado do Mundo - não se sabe se morreu ou se está vivo - ele consegue fazer passar as suas mensagens sem gastar dinheiro. As Televisões fazem o trabalho propagandístico à sua ideologia de morte e de anti-humanidade. Conhecendo perfeitamente o que é e o que pratica o Radicalismo Islâmico, divulgar assíduamente as mensagens e ordens dos seus mentores não me parece que seja o correcto. Ver diariamente o resultado de carros bomba nos mercados, junto às Escolas e edifícios públicos é horror em demasia.

A Família

Temos sido altamente bombardeados com as informações sobre a assistência médica às mulhres que desejem proceder à interrupção voluntária da gravidez. Aprovada a Lei despenalizadora através de Referendo agora o que está em marcha é a disponibilização dos serviços de atendimento. Os Hospitais que estão disponiveis, a questão do direito de objector de consciência, invocado por médicos e serviços, tudo se procura resolver. Acontece que agora importa também pôr outra questão igualmente legal e pertinente: e as mulheres que quiserem ter os seus filhos? Quais são as regalias ou apoios de que necessitam? A questão do subsídio de nascimento como está? Em Espanha já vai nos 2500€ , na Alemanha também se legislou sobre o apoio estatal. Acontece que as famílias, principalmente os casais jovens, lutam com dificuldades para organizar o seu agregado familiar. As rendas de casa são proibitivas, os empréstimos caros, os salários amedrontados e por vezes exíguos, o direito ao trabalho é cada vez mais problemático. Como ter e acompanhar os filhos? Onde estão os Jardins de Infância? E o valor da mensalidade? A taxa de crescimento populacional português baixou, há uma média de nascimentos de 1,32 por mulher. A renovação geracional é problemática. É urgente apoiar a família.

quarta-feira, julho 11, 2007

A My Beach

O Manuel obteve a concessão de uma praia. Requerida na Provincia do Namibe, localiza-se na zona do Farol do Piambo, próximo da Mariquita. Daí avista-se a praia do Furado, a Norte, o mesmo acontecendo para a ponta do Piambo. Para lá chegarmos saímos do Lubango por volta das 9,30 e chegámos já próximos das 13 horas. Descer a serra da Leba, avistar o Morro Maluco e continuar com ele durante algumas dezenas de quilómetros - o que aconteceu sempre que fomos ao Namibe - é uma sensação que não tem palavras próprias para a revelar, simplesmente lindo!
Já nas proximidades do Giraúl virámos para a estrada da Lucira e, alguns quilómetros à frente, de novo para a direita e entrámos na estrada do mato. Até ao desvio da Mariquita ainda se consegue um caminho menos mau, mas no percurso para a My Beach as coisas mudam. Atravessámos o platô pedregoso, os vales repletos de seixos rolados e rochas. Por fim lá estava o mar. Metida entre duas falésias, abertas sobre a costa sedimentar, a praia é uma revelação. Águas límpidas e transparentes. Nada de vestígios de poluição. Areia grossa, conchas e o bater das ondas. Aqui acordávamos sempre às 6,00 e logo a seguir, por volta das 8,30, já estávamos na água.
O Manuel construíu um telheiro com vigas de ferro e coberto com chapas de zinco. Por baixo montaram-se as tendas. Há um pequeno gerador para o fornecimento da electricidade, um tanque de dois mil litros para a água. Ali não há água potável, tem que ser transportada.
O mar calmo revelou segredos que constrói: os cardumes de sardinhas a passarem ao amanhecer, as baleias que as acompanham. Os pesacadores e as lagostas, o peixe de sabor muito especial.
A MY Beach, assim baptizada, é um sucesso de calma e beleza.

A Terra e o Homem - Angola 2007

A verificação da existência de uma vida adaptada a tempos de Paz foi o que mais se destacou. Passado o tempo da Guerra Civil, que esperamos nunca mais voltar, as pessoas parecem apostar na vida normal, pacífica e ordeira. Por todo o lado se vê a procura de uma vida estável e desafogada. Agora é a hora da reconstrução - é o que todos parecem querer dizer.

quinta-feira, julho 05, 2007

O Arco - Oásis no deserto

Depois de deixarmos o Tombua fomos ao Arco. Situado na margem direita do rio Curoca, em frente à fazenda de S. João do Sul, o Arco é uma formação natural de grande beleza. O deserto aperta o rio que, aqui, consegue espraiar-se e formar um lago de grandes proporções quando a cheia é grande. As rochas sedimentares mostram o que terá sido esta zona há milhões de anos atrás: um braço de mar, ou lago marinho, que secou progressivamente. A erosão cortou a rocha, moldando as formas que se podem ver.

terça-feira, julho 03, 2007

A cidade e a vida de hoje

Visitámos a cidade no curto espaço de tempo em que lá estivemos. Pela manhã fomos comprar o pão para o pequeno almoço à loja do Mamedes, que tem a Padaria, e outras coisas mais. O clima desertico, de dia calor e à noite frio, fez-se sentir sobre o espaço urbano. Sem os necessários cuidados de manutenção as ruas, os passeios e muitas das casas já não são o que antes foram. Aqui mais uma vez tivemos a oportunidade de constatar a afirmação "Angola é o país das crianças".

Tombua - Porto Alexandre

Do Namibe seguimos para o Tombua, a cidade mais a Sul na costa angolana. Antigo porto de pesca, aqui se desembarcavam mais de duas mil toneladas de peixe por dia, a cidade nasceu à beira-mar, na antiga Angra das Voltas de Bartolomeu Dias. O seu único recurso económico era a pesca. Dela surgiu a indústria de farinhas e óleos de peixe e o peixe seco, hoje a mulamba.
Seguimos para lá ao cair da noite, depois do jantar na praia das Miragens, no Namibe. Corremos o deserto já com o dia no fim. Quando passávamos sobre a ponte do Curoca verificámos que o rio ía cheio.
Pernoitámos na casa do José João Tendinha, engenheiro da Mota Engil, empresa que está a proceder a trabalhos de recuperação de estradas e pontes.
Aqui fiquei a saber, pela senhora responsável pela cas, que era possível falar com alguém que antes conhecera, o Filipe.