sexta-feira, março 28, 2008

Configuração do Tempo Actual - 2

Está em cena o Tibete. Convém lembrar que era um país independente até à invasão das tropas chinesas, do célebre Mao Ze Dong ( Mao Tsé Tung dos tempos antigos). Foi incorporado, nos anos cinquenta do século passado, pela vioência militar, no território da China. Agora há manifestações dos nacionalistas (tibetanos) a reclamarem direitos e liberdades. É notório o estado da situação, de acordo com as notícias que nos chegam. Estou solidário a 200% com a luta pela Liberdade e pelo respeito pelos Direitos Humanos. Mas o que quero assinalar é a posição que ouvi e vi em directo do "camarada" Secretário Geral do PCP. Esteve na exposição sobre os cinco anos de guerra no Iraque - outro acto nefando dos senhores do Ocidente (?) que se julgam todos poderosos. Mas voltemos ao camarada Jerónimo de Sousa. Quando falou sobre a invasão do Iraque revoltou-se com o acto, denunciou atrocidades e violências - de acordo. Mas a seguir, sendo questionado pela jornalista sobre o Tibete, o seu olhar e a sua fisionomia mudaram. Mas que ar de Santo. Mas, meu Deus, então não se estava a ver que havia manipulação de inimigos do povo chinês? Até o Dalai Lama dizia...! Fiquei estupfacto! A Liberdade e o direito à independência não têm cor nem sabor político, existem.

Configuração do Tempo Actual - 1

Todos assistimos ao video que revelou a cena passada na Escola Secundária Carolina Michaelis, na cidade do Porto. Depois do que já escrevi sobre a problemática da Educação, agora há uma situação real e palpável. Em primeiro lugar devo felicitar o aluno que fez a gravação. Embora violando as regras a que estava sujeito, tal com a não utilização do telemóvel na sala de aula e o direito à privacidade da imagem, o certo é que conseguiu transmitir uma mensagem em tempo real: A Indisciplina e a violência nas Escolas. Não é coisa nova. O que não quer dizer que haja qualquer desculpa por isso. Tenho para mim que a responsabilidade desta e de outras situações idênticas não deve ser apenas imposta aos pais e encarregados de educação ou ao Ministério. Em primeiro lugar deve dizer-se - e digo como resultado da minha experiência profissional no ramo - que há uma séria responsabilidade da Escola, principalmente revelada através do comportamento de muitos Conselhos Executivos - senão da grande maioria - que não age de imediato sobre estas situações e não acciona os meios existentes nas Escolas para o efeito. Depois há igualmente que se considerar a conivência - encapotada - de muitos professores que não querem "criar ondas" ou arranjar "problemas" com os pais ou com o "Ministério". Outro sim há que se referir a actuação das Delegações Regionais e de outros organismos ligados à Educação que sempre procuraram proteger "os meninos violentos". Neste caso a situação da Delegação Regional da Educação do Norte, que num caso anterior e na mesma Escola, ultrapassou o conselho de turma e a própria Escola, avocando a si a resolução do caso, e que resolução! Teve um comportamento medíocre e execrável como orgão ligado à gestão escolar. O telemóvel tornou-se numa arma de poder considerável. O aluno que o utilizou não nos mostrou apenas o que ele visualizou. Ele foi o "espelho" da situação vivida no momento. Nos actos e nas palavras.

domingo, março 09, 2008

A Grande Marcha

Todos assistimos à manifestação de Sábado. Dezenas de milhares de Profesores desfilaram em Lisboa. A razão estava na contestação da Política Educativa do Ministério da Educação e da sua Ministra. Tenho ouvido e lido que a razão desta manif. era a de contestar a Avaliação. No entanto o que se ouviu foi mais ligado à contestação Política dos processos de reforma do Sistema Educativo. Acontece que há uma premente necessidade de Reforma. O Mundo já não é o mesmo que o de há dez ou vinte anos. As coisas do Ensino-Aprendizagem transformaram-se com enorme velocidade. Sem se Reformar - modificar o processo de funcionamento de todo o Sistema - não parece ser possível a Modernização dessa mesma Aprendizagem. Claro que Reformar implica alterar, modificar. E isso é coisa que vem mexer com o que se fazia e se aplicava. Vivemos já outros tempos, que foram primeiramente notados e seguidos pelos alunos. As mentes jovens são mais permeáveis à modernização, ao que é novo e diferente. Agora a Manif. veio mostrar o descontentamento da Classe dos Professores com essas Reformas. Diz-se que elas estão mal definidas, que não foram negociadas, que não se dialogou. Enfim, a mesma conversa de sempre. A realidade mostra que se está num impasse. Os Professores radicalizaram em absoluto o processo de contestação. Deram-lhe características de contestação política, assumida por várias forças partidárias que perderam as eleições. A questão profissional passou a questão política. O que é um erro no meu entender. Então e agora? Quando vão iniciar-se os processos de Greve, a arma dos trabalhadores?

terça-feira, março 04, 2008

Uma Exposição que mexeu com todos

Terminou a 16 de Fevereiro a Exposição sobre os Médicos na nossa terra. Esta amostra do trabalho e das pessoas que exerceram a sua actividade profissional em Almeirim e no seu concelho veio revelar a importância social que o médico teve. Já não basta só lembrarmo-nos de Júlio Dinis e da figura do célebre João Semana.
Os médicos em Almeirim tiveram um papel deveras importante junto da sua comunidade. Foram médicos, assistentes sociais, conselheiros, psiquiatras, dentistas, parteiros. Enfim, houve uma dedicação que se revelou na memória de cada um e nas dos que com eles tiveram contacto.
Esta Exposição pretendeu atingir todos os que aqui exerceram a sua actividade, não descurando uma homenagem aos que não estiveram representados.
O resultado foi bastante positivo, tendo havido uma grande afluência de gente.
Para a próxima, próximo ano, lá estaremos com nova amostra da realidade local.
Fotos da Maria José

segunda-feira, março 03, 2008

Viva a Marita

Na sexta-feira houve festa de despedida. A Professora Marita, da minha antiga Escola Febo Moniz, entrou no outro lado. Aposentou-se. Lá estivemos com ela a comemorar este momento. Acabou a fase de actividade profissional. Começa agora a outra fase: ter o seu próprio tempo, as suas ideias e as suas próprias criações. Para um professor a aposentação surge como um momento de descanso depois de tantas agruras e dificuldades. O trabalho de ensinar, ou estar na acção de ensino-aprendizagem, é gratificante, mas também é necessário o tempo de paragem. Para a Marita uma saudação especial. Ela foi um elemento especial que encontrei no Ensino. Que tenha muita saúde e faça o que mais lhe apetecer.