sábado, junho 30, 2007

As Festas da Cidade de Almeirim - Um Comentário

Terminaram as Festas. Já o havíamos referido anteriormente. Agora só para um comentário. Estiveram presentes as Associações e Colectividades Locais conjuntamente com os representantes das Actividades Económicas. A acompanhar esta apresentação apareceram igualmente os "artesãos". As Actividades Económicas mostraram-se principalmente através das Adegas e Casas Vinícolas. O que me parece de realçar são as apresentações das Associaçõs e Colectividades. Aqui se pôde verificar a sua existência e o trabalho que desenvolvem. Estas pessoas que durante o ano, os anos que se seguem, vão dando o seu tempo e a sua disponibilidade para que haja associativismo e, com ele, que os cidadãos tenham o direito à participação activa e criativa na comunidade, são de se considerar.

domingo, junho 24, 2007

A vida de hoje

Estivemos por três vezes na cidade. Percorremos os seus espaços e contactámos com as pessoas que a habitam. Foi muito agradável observar a nova vida urbana que aí se instalou. As ruas, as casas, os espaços públicos e as praças, todos cumprem a sua parte na vida diária de cada um.
As cores do céu, o azul do mar, traziam consigo a memória de um tempo que continua a existir, agora já com novos contornos e com a afirmação de uma nova Pátria.

As imagens do presente - Namibe - mar e Março

Para o Namibe - Moçâmedes

A viagem, como já se mostrou, trouxe um tempo de reflexão e de lembranças antigas. Neste novo País - que deve merecer de todos um respeito e um sentimento de pertença - tudo é grande. O Deserto, aqui já transformado em estepe povoada de pequenos arbustos, estava verde. As chuvas chegaram e, com elas, verificou-se o desabrochar repentino das plantas e das flores. Atravessarmos os rios Giraúl e Bero foi um momento de alegria pois a água sempre trouxe consigo mais vida. A Cidade lá está, aninhada ao lado da Baía, estendendo-se para o areal desértico, agora já só composto por areias que se estendem para lá do Tombua - Porto Alexandre.

Namibe - O rio Giraúl

On Gila Ul, passado para a Língua Portuguesa dá Giraul - o caminho acabou - nome dado ao rio pelo povo mucubal quando aqui chegou.

sábado, junho 23, 2007

As Festas de Almeirim

Estamos a chegar ao fim do período de Festas. Muita música e muita gente. Os stands das Associações, das empresas e casas comerciais são visitados e observados regularmente. O mesmo acontece com os espaços ocupados pelos artesãos. Os visitantes preferem passar, olhar e continuar. Poucos são os que param e entram pedindo esclarecimentos. Mas mesmo assim este ano marca uma diferença para nós, da Associação do Património: há muita gente que pára, entra e comenta. Ainda bem. As festas da música estão recheadas de nomes. O denominado "Mickael Carreira" não me conveuceu. Os Da Weasel fazem muito barulho e as Can Can deviam ter aulas de música já que dançam e mexem bem. Houve a apresentação do Livro de Gastronomia local. Recolha de António Claudio e Edição da Câmara Municipal para a Confraria Gastronómica. Não estive presente ao Lançamento feito Na Biblioteca. O facto de estar permanentemente no espaço da Associação do Património, à noite, e de desenvolver um trabalho de investigação sobre História Local, de dia, fez-me passar a data. É engraçado constatar a intensidade de coisas que se pretende apresentar.

Almeirim - Festas da Cidade

quinta-feira, junho 21, 2007

As Festas da Cidade de Almeirim

As Festas da Cidade tiveram o seu início a 16 de Junho. Comemora-se a elevação da vila a Cidade. Mais uma vez os espaços foram ocupados com a feira das Actividades Económicas e Culturais e com as habituais Tasquinhas organizadas pelas colectividades. Este ano foi de alarme - temia-se a acção da ASAE sobre os espaços de comes e bebes. Toda a gente procurou melhorar o seu serviço e cumprir regras mais correctas. Até que foi bom este alarme. É necessário que se tenham todos os cuidados quando se serve o público. O dia da inauguração foi um dia molhado. Este verão parece que é uma estação tropical, pouco calor e muita chuva, é a diferença. Mesmo com a chuva abriu o espaço. Com um Programa recheado de vedetas esperamos que seja agradável.

Festas da Cidade - Almeirim - 2007

terça-feira, junho 19, 2007

Do Lubango ao Namibe - Angola 2007

A viagem para o mar representou um momento de contacto com a Natureza. Descer a Serra da Leba, onde a cada curva se revia um outro tempo e uma outra realidade, foi um espectáculo extraordinário. À medida que íamos descendo a paisagem sofria modificações, lembrando que passávamos da zona de altitude para as zons baixas do deserto.
Este foi um ano de muita chuva. Como já haviamos observado, a partir do avião, os rios que atravessámos transbordavam, as terras estavam cobertas de uma vegetação de um verde exuberante. Ao descer fomos passando por vários tipos de plantas, de acordo com a altitude e com a zona em que nos encontrávamos. A paisagem estava repleta de vida e de cor. As populações apareceiam junto à extrada para vender toda a espécie de produtos: leite azedo, carvão, lenha. Na base da Serra encontra-se um grande mercado onde se pode comprar uma grande variedade de produtos. E que grande que ele é.
Verificámos que as árvores de grande porte quase que já não existem. A necessidade de se conseguir rendimento para o dia-a-dia levou a que se aproveitasse a Natureza. Assim cortam as árvores para fazer carvão e para lenha. O Mutiati que se vê é de pequeno porte, ainda sem interesse económico.
Saídos da Serra penetrámos nas zonas planas em direcção à cidade do Namibe. O mar, íamos ver o mar.

quarta-feira, junho 13, 2007

Os arredores do Lubango - Humpata - Huíla - Tundavala

A visita ao Lubango não estaria completa se não fôssemos aos arredores. A ida à Huíla tinha um objectivo: visitar a Cascata. A estrada que lhe dá acesso, a que se dirige para a fronteira Sul estava em péssimo estado de conservação. Uma vez que se estão a desenvolver trabalhos de recuperação e de construção, os camions de grande tonelagem circulam carregados com os materiais para as obras o que provoca danos consideráveis no pavimento. Como a recuperação é lenta ou não se faz, os buracos são mais que muitos. A Cascata é simplesmente linda. O mesmo pudemos dizer da Tundavala. Dificuldades enormes na circulação pela estrada, mas uma paisagem de sonho. Aqui a Natureza está intacta. Ela aparece-nos com todo o seu poder mágico, com a força bruta do que não tem a interferência Humana.
Na Huíla observámos a paisagem humanizada dos seus campos, a simplicidade das suas casas. A Palanca, pequena localidade situada próximo da Humpata, mantém-se calma e pacífica. Pouca gente circula pelas suas ruas. As imagens constituem um prolongamento do que escrevemos.

terça-feira, junho 12, 2007

A Escola - Angola 2007

Como já referi anteriormente as crianças estão por todo o lado. Constituem um elemento importante nas estruturas urbanas e rurais. De acordo com a determinação governamental todos os pais têm a obrigação de mandar os filhos à Escola. Acontece que, como em qualquer outro lugar subdesenvolvido, aparecem resistências. Conta-se que houve famílias que exigiram contrapartidas pelo envio dos filhos para a Escola. Só depois de alguns debates é que as autoridades perceberam que o ir à Escola representava a perda de um elemento importante na economia familiar.
No Lubango como na Humpata e na Huíla, no Namibe como no Tombua, as estradas apresentam um movimento juvenil intenso. Crianças de bata branca, professores de bata branca, todos circulam de casa para a Escola e desta para casa.