quinta-feira, outubro 16, 2008

O que Eu vejo ...

Há a proposta para a construção de um novo Centro Escolar em Almeirim. Aqui o processo vai adiantado. Lugar escolhido, planos aprovados e concurso aberto. Não considero que seja importante discutir as razões da anulação do concurso porque em qualquer momento é sempre tempo de se emendarem erros. O que importa é a existência de um Espaço Escolar condigno e que permita melhores condições de trabalho. Já para as Fazendas há a proposta em curso de uma Casa da Cultura (ou Centro Cultural). A vila é a maior do concelho. Avançar com a construção de um espaço dedicado às Actividades Culturais constitui um passo importante para abrir novos horizontes às populações. Já agora aproveito para deixar no espaço cibernético (para alguns maléfico) a proposta. Almeirim- cidade não tem Casa ou Centro de Cultura. Não me parece importante. O que é importante é um espaço para a amostra e Exposição do Passado da Terra. Para os materiais arqueológicos do concelho, para as alfaias agrícolas e instrumentos dos artesãos que aqui existiram. Enfim para ser uma Amostra Cultural e Técnica do que foi a Vida nesta terra. Há à venda a adega da Rua das Faias, foi do Dr. Francisco José Godinho ( ao que me parece) e depois esteve alugada à família Pinhão. Ainda lá está uma caldeira de destilação para a aguardente. É um espaço que reune condições para ser transformado e permitir uma Amostra Cultural de peso. Comprem aquilo!

segunda-feira, outubro 13, 2008

Ora arranca, ou não arranca?

As notícias de hoje parecem melhores dos que as de ontem. Escrevemos sobre a situação da "Crise Finaceira" e não esperávamos resultados tão rápidos. A taxa Euribor desceu, as Bolsas subiram. Lindo Mundo Novo. Depois das afirmações e decisões dos Governos, as Instituições parecem reagir. É bom haver quem mande, mas mande bem. Ouvi os nossos profissionais da política. É engraçado como se demonstram, por outras palavras, o que se pretende. As críticas do BE são de gritos. O que há a fazer é ajudar as famílias. E de que maneira? O Estado distribui senhas de racionamento? Oferece 10 salários mínimos a cada família? Comanda o Sistema e impõe a sua vontade? Mas isto é o que preconiza a Ditadura do Proletariado. Já sabemos o que aconteceu e como ficaram os países onde ela foi aplicada. O BE não sabe. O mesmo para o PC e para o CDS/PP. Normalmente devíamos estrar atentos às reacções de cada um dos interventores na política caseira. É preciso conhecer bem onde se está. Agora o que me parece de ser sujeito a um controlo mais eficaz e sério é a acção dos Gestores da Alta Finança. Jogaram de qualquer maneira. Novos Produtos, mais agressividade financeira, e aí está! Espero que não me prejudiquem mais.

sábado, outubro 11, 2008

Ai ólinda!

É assim. Continuamos na nossa terra a assistir à novela das relações autárquicas. Agora vamos ter no dia 14 a reunião extraordinária da Assembleia Municipal. Razão: votar a destituição da mesa da Assembleia. Como chegamos até aqui? Tudo se desenvolveu com base em conflitos pessoais. Interesses de cada um e relações de Poder. É que não é possível deixar de considerar que o actual Presidente da Câmara, o Prof. Sousa Gomes, tem imprimido um ritmo de crescimento e expansão urbana, em todo o concelho, que é digno de nota. Podemos criticar algumas das opções considerando que poderiam ter tido outro andamento mas não é lógico ignorar ou desdizer de que está feito. Não me parece que em qualquer outro tempo se tenho feito mais e melhor. O concelho, por inteiro, sofreu transformações assinaláveis que mudaram a vida das pessoas. Ora o que está então em causa? Como escrevi, parece-me que são questões mais relacionadas com problemas pessoais e não gerais. A fraseologia que tem sido utilizada pelos elementos que hoje constituem a oposição na Câmara, é de uma pobreza confrangedora. Acrescente-se ainda os insultos proferidos a propósito da Prisão a construir na área da Ribeira de Muge, próximo de Marianos, e na freguesia de Fazendas. Podemos estar contra a localização ou os métodos seguidos mas não podemos estar contra a construção e funcionamento do estabelecimento prisional. Ele representa um investimento assinalável e vai trazer consigo mais riqueza. É claro que há que se ter em conta a segurança dos espaços e dos lugares. Mas não me parece que isso possa ser motivo para tanta movimentação ou violência política. Quanto à Assembleia Municipal eu sou dos que consideram que quando se assume uma responsabilidade perante uma organização política ela deve ser cumprida. Quem está contra deliberações ou actos que não aceita só tem dois caminhos: ou se demite invocando as suas razões ou muda de lugar. Em qualquer dos casos o Presidente da Assembleia Municpal devia considerar que foi eleito pelos seus camaradas de lista para ocupar o dito cargo. Ser Presidente da Mesa da Assembleia resulta da eleição feita pelos elementos eleitos e não por votação directa dos cidadãos. Assim a sintonia política tem que ser completa. Estou informado da situação porque leio as crónicas dos jornais que acompanham as reeuniões. Já que parece ser, agora, moda ameaçar com os tribunais quem critica ou imita opiniões, esperemos pelos resultados. Já o sábio Povo diz "quem não quer ser lobo, que não lhe vista a pele".

Admirável Mundo Novo

Estamos numa nova era. As mudanças são tão repentinas que os governos são apanhados de costas. Ainda ontem eram os melhores, estavam prontos para tudo. Hoje são reuniões conjuntas, estratégias de intervenção conjunta, procura de soluções rápidas e imediatas. Aí está a crise da Bolsa, dos sub-prime (ou lá o que são) a falência das instituições bancárias. A adopção, desde o governo de Reagen nos EUA, da política de completa liberdade de acção para os agentes dominadores dos mercados financeiros, segundo o princípio de que esses mesmos mercados se iam regular entre si, é o que se está a ver. Um cambada de super-heróis financeiros, utilizando os dinheiros dos depositantes e aforradores, utilizou a seu belo prazer o poder de "gerir". Quanto mais melhor. Os Governos - o dito G7/ + 1- liberalizaram os mercados, internacionalizaram os espaços económicos. As multinacionais e grandes empresas passaram a explorar esse "caminho" de facilidades e vá de "deslocalizar empresas". Logo surge o encerramento de empresas nos países desenvolvidos e "mais ricos". Afinal não tão ricos assim: deslocalização significa desemprego, desemprego significa falta de dinheiro, esta falta por sua vez gera a impossibilidade de se cumprirem contratos. O não pagamento de dívidas e de empréstimos leva à falta de dinheiro nos Bancos. Cá estamos num circulo interminável de dependências. Ignorantes. E ainda por cima são pagos como um rei árabe. Esperemos que não nos tirem as nossas poupanças.