sábado, março 26, 2011

Avaliação, Trabalho, ... Avaliar!

Agora mais uma! O nosso célebre Parlamento - diga-se Assembleia da República - aprovou, através da Santa Aliança, a anulação do Processo de Avaliação para os Professores. Fico surpreendido! O que representa o valor e a qualidade de uma Profissão é a Avaliação que a mesma sofre em todo o processo da sua ação. É curioso registar que se diz que se aceita a "avaliação" mas, esta, não! Qual será? A que os avaliados exigem. Melhor, quem se sujeita a ser avaliado é que quer ditar as regras do processo! Já fui avaliado e já fiz avaliação! Não ditei as regras ao que fui sujeito e não abdiquei do direito de proceder à aplicação do processo avaliativo. Não vi que tivesse sofrido males por isso. Antes pelo contrário, progredi na carreira. Infelizmente vi outros, graças ao processo existente, progredir como eu quando não tinham realizado metade do que eu havia realizado. Coisas que se querem continuar!? Cá para mim há a certeza: o individuo a ser avaliado não pode ditar as regras! É mais democrático, aberto e leal!

quinta-feira, março 24, 2011

Austeridade! Sim? ou Não?

Ontem assistimos ao inevitável. As medidas governamentais para reduzir o déficit do Estado não foram aceites pelas forças políticas da Oposição e o Governo saíu. Estamos numa situação que lembra outros tempos, tempos constantes e continuados. Desde o Século XVI que se repete a situação: o estado não tem dinheiro para pagar as suas despesas, e, vai daí, pede empréstimos e aumenta os impostos. Como somos nós para estarmos em constante repetição? Talvez masoquistas? Itimeratos? Seja o que for, não me agrada esta situação. Não fui educado a viver à custa das benesses do Estado. Tendo nascido em Angola não tinha apoios sociais, de saúde ou outros. O que se conseguia resultava do esforço e do trabalho de cada um e de cada família. Como vamos ultrapassar a situação? Pelo que disseram as Oposições, todos e a uma só voz, há solução e não é necessário exigir sacrifícios. Boa. Venha o novo Governo para nos dar o que queremos. E viva o "regabofe".

quinta-feira, março 10, 2011

Estamos todos "À Rasca ?"

Parece que vai haver uma manifestação de jovens (?) sobre as dificuldades resultantes de terem formação universitária e não terem emprego ou, então, estarem em trabalho precário ou com os chamados recibos verdes. É engraçado ouvir esta justificação. Ela lembra-me os meus tempos de estudante, no Liceu e na Universidade, o que quer dizer nas décadas de 60 e 70 do Século que já passou. Tanto tempo. Quando estava a finalizar o Liceu o que se discutia era a empregabilidade de quem se formava. Ao tempo as notícias chegavam-nos da Suécia. Os jovens suecos, saíam da Universidade e tinham que se sujeitar ao emprego que era possível encontrar, fora do que era a sua formação. Já na Universidade, numa discussão sobre o mesmo tema, o Prtofessor Joel Serrão dizia: Estive recentemente nos EUA, em casa de um amigo universitário. Vou lá para partcipar em Encontros e Colóquios. Fiquei em casa dele, pois quando ele vem a Portugal fica em minha casa. Uma noite levou-me a jantar a um restaurante de qualidade (5 estrelas). A empregada aproximou-se para registar o pedido de refeição. O professor americano falou familiarmente com ela, conheciam-se pelo nome. Ele, português, admirou-se. Vem cá muitas vezes? perguntou. O americano respondeu que não. Era caro, só vinha com amigos em ocasiões especiais. Então? conhece bem a empregada. Responde o dito americano: Á, ela foi minha aluna na Universidade, boa aluna. Vai ter um bom futuro. Perante a admiração do professor Joel Serrão, ele acrescentou. Aqui é assim, não basta ter um curso universitário para ter garantido um lugar. É preciso lutar por isso. É o que ela está a fazer. Prarece-me que todos querem tudo dado. O meu progresso pessoal foi feito à custa de muitas dificuldades. A juventude de hoje parece estar à espera que lhe ofreçam tudo. A vida é uma luta contínua. Não estou de acordo com a afirmação de que se está a hipotecar o futuro dos outros. Então e o nosso? O que nos entregaram para resolver?