quinta-feira, maio 31, 2012

City Connections

A cidade que é diferente traz-nos sempre mais surpresas. Desta vez fomos ver o memorial para a Alice no País das Maravilhas. Percorremos o Central Park e acampámos alguns minutos no café junto ao lago. Esta gente não sabe servir o café à nossa moda. Mas conhecer e sentir o diferente é assim! Há aqui uma forma característica de servir. Sabendo já que a maior parte dos funcionários e empregados destas lanchonetes ou cafés (não sei como as classificam por aqui) são sul-americanos, o certo é que não são muito simpáticos a servir. Atendem ao balcão e depois levamos para a mesa - pagamos primeiro. No fim temos que pôr tudo no lixo.
As connections sentem-se em cada espaço que vemos. As obras na via pública estão bem assinaladas e feitas com rigor. Gosto de ver isso para comparar! Aqui também se preocupam com a conservação das fachadas dos imóveis classificados.
Mas foi uma revelação a composição escultórica sobre a Alice no País das Maravilhas. Feita em bronze tem uma dimensão considerável! O que será de revelar? A dedicatória que está no passeio. A escultura foi oferecida por um benemérito que quis assinalar a memória da esposa que gostava muito de crianças. Ao que parece nos países de tradição protestante ou anglicana esta é uma forma de certas pessoas se retratarem perante a sua comunidade. Tiveram muito, agora querem distribuir. Bonito. Nós, os católicos,

temos a confissão - para quem a faz. Por mais pesadas que sejam as culpas morais vai-se ao padre e confessa-se. No fim a receita: dois Pais-Nossos, Três Avé-Marias e um Credo. A culpa está saldada.
Enfim cada terra com o seus uso e cada roca com o seu fuso.




terça-feira, maio 29, 2012

Notas de um dia!

Estar fora de casa é uma forma diferente de ver e ouvir. Também de ler. Em cada momento encontramos novas coisas que nos enriquecem. Isto porque acabei de ler uma obra de Roberto Bolaño: O Terceiro Reich. Apesar do nome pouco pacífico trata-se de um romance que aborda o clima de jogos de guerra: wargames. O escritor nasceu no Chile e percorreu várias cidades do país na sua infância. Conseguiu ultrapassar a dislexia. Foi para a cidade do México com a família e aí continuou os estudos e dedicou-se à poesia. Regressou ao Chile antes do golpe militar contra Salvador Allende. Foi preso pelos militares e libertado posteriormente. Regressou ao México onde constituiu o grupo Infra-Realista, que é considerado um movimento-Punk-Surrealista com apelo às armas e à provocação. Nos anos setenta do século passado vai para a Europa e percorre vários países dedicando-se a trabalhos de ocasião. Por fim fixa-se em Barcelona onde inicia a sua escrita. Este Romance: O Terceiro Reich, é um trabalho muito interessante e conjuga vários factores: intriga, amor, amizade, violência e divertimento.
Gostei de o ler.
Para além disso vou vendo e lendo as notícias do Portugal que está do outro lado do grande mar-oceano. As malas com dinheiro para a Suissa. O caro Isaltino que afinal tem como profissão ter sido (ou ainda ser) magistrado do Ministério Público. As facturas escondidas da Madeira. Mais de 1800. De 2000 a 2011. Linda coisa.
A Trika (ou Troika) e os seus exames. Bons alunos. Mais pobres e de tacho na mão, mas bons alunos. Enfim é uma forma de vida: uma estranha forma de vida.
Vou fazer uma profecia:
o nosso País vai passar a considerar a qualidade das pessoas (jovens e não só) pelo mérito que mostram e provam ter para exercer qualquer atividade e não o conhecimento familiar, o amiguismo, o apadrinhamento. Era o que queriam?

segunda-feira, maio 28, 2012

Central Park - lugar da muita gente!

Quem vem a Nova Iorque e não visita em pormenor o Central Park não fica a conhecer a cidade. A sua construção data do Século XIX. Este espaço de mais de 300 hectares foi uma revelação. Sabendo já que a cidade ocupa todo o espaço da ilha de Mannhatan, o lugar de lazer e de encontro - os arredores ou zona das hortas - é este








Park.
Esta cidade não vive dos arredores. Ela é em si tudo o que as cidades europeias são com os seus arrabaldes e arredores. A difrença começa e acaba no facto de ser uma cidade nova. As zonas urbanas da Europa são antigas, começaram em pequenos burgos amuralhados e evoluiram. Esta nasceu da necessidade de espaço das gentes, sem haver a predefinição de lugares especiais: o castelo, a igreja ou abadia.
As imagens do quotidiano mostram essa diferença.
Na segunda avenida a construção das entradas para o metro lembra um navio no porto. A gente que se move no parque, o habilidoso que faz bolas de sabão com dois paus e uma corda, as charretes para os turistas, os marinheiros que se deixam fotografar. Já próximos do west side, onde o beetle jonh lennon foi assassinado um conjunto canta por notas de dólar. É uma sinfonia de gentes, gestos e cores.

sábado, maio 26, 2012

Sinais novaiorquinos

Percorrer a cidade não é tarefa fácil. Não porque haja dificuldades. Isso praticamente não existe, é descer à rua, e começar a andar. As dificuldades prendem-se com a quantidade e com a diversidade. Muitos, mais que muitos prédios. Uma caraterística de identidade. A cidade apresenta-se coberta de construções gigantescas. Mas tem consigo a particularidade de possuir os espaços comuns e coletivos. Corre-se na rua com fato de ginástica, com calções. Sem camisa, com fones e sem fones. Há os cães. Muitos. Estes animais domésticos fazem parte do rito urbano. Há gente que traz um, outros mais. Passear o cão é trabalho e obrigação. Não se pode ter um animal e não lhe dar os direitos que merece. Também há crianças. Muitas. Aqui podemos ver que a natalidade não estagnou. As nanis passeiam os filhos de quem trabalha. Às vezes vemos carrinhos com duas crianças, gémeos. É agradável ver esta amálgama de movimento. Os carros na rua. Mão vermelha, parar. Mão branca, avançar. De registar esta mudança de cor. Em Portugal a cor para avançar é o verde. Somos mais coloridos. Em cada recanto há um sinal identificador da vida urbana. A caixa dos jornais, o telefone público, o número da rua. Esta montagem representa a vida da cidade, ou talvez o viver-se na cidade. Em cada foto uma informação e um sinal.
Para mim a leitura é mais clara se tivermos a imagem. Aí vão as que escolhi.






sexta-feira, maio 25, 2012

Benfica-Porto -A Guerra?

O Benfica, em basquete, venceu o campeonato português. O desporto deve ser uma forma de encontro e competição civilizada e saudavel "mens sana in corpore sano" já nos diziam os antigos romanos. Eles que lançavam os homens às feras!
Mas o que se registou no final do jogo, realizado no pavilhão do Porto, é coisa que não pode ser aceitável. A taça foi entregue nos balneários. Ó grande descoberta. É a crise. Não é necessário gastar dinheiro em espetáculo de entrega de troféu!
Mas, de novo este macaco do mas, isto só foi possível porque houve violência. Agressões. Não contentes com isto os dirigentes reclamam e atacam. Como? Acusações de comportamentos menos desportivos. Uma linguagem forte e arrasadora. Será? Nestas coisas do desporto já nos habituámos a ver e ouvir muita coisa.
Quem ganha reclama a vitória em termos de exuberância e superioridade. Que perde reclama em termos acusatórios, injuriosos!
É um mundo que deveria ser de competição saudável e de confraternização! No entanto as palavras, os gestos e os atos não ajudam!

quinta-feira, maio 24, 2012

A cidade que não dorme - New Iork

Já cá estamos. Parece que a a cidade estava à nossa espera. A novidade surge com a construção - quase pronta - do novo edificio no Ground Zero. Há um encanto diferente nesta metrópole. Hoje chove. O céu convida ao descanso. Está acinzentado. Mas é tempo quente.
Gosto de passear pelas suas ruas. O movimento é constante. Haja crise de petróleo ou não. Aqui todos os automóveis e truks circulam. A presença intensa dos vendedores de rua continua a surpreender-me. Se estivessemos em Lisboa ou noutro espaço europeu seria o mesmo: a ASAE já tinha despachado esta gente com o pedido da licença de venda, com a qualidade dos produtos, com a higiene dos agentes.
Enfim outro mundo, dito mais fácil e de mais oportunidades. Li há pouco uma descrição interessante: Mannhatta - A Natural History of New York City, de Eric W. Sanderson. É um trabalho muito elucidativo sobre a cidade. Apresenta a evolução de NY desde a chegada dos europeus. A imensidão dos verdes que aqui se encontravam é arrebatadora. Os indigenas, para nós europeus: os indios, esses foram desalojados.
Agora a city cobre este espaço magnífico, outrora verdes campos e lagos de vida natural. A vida humana é mesmo assim. Já me sairam algumas imagens. As suas ruas sempre monumentais, o Central Park e a sua sensação de calma e paz.
É a realidade que temos e que esperamos continuar a ter. Viva Nova Iorque!







segunda-feira, maio 21, 2012

A Caminho de N.York

Aqui vamos nós. De voo marcado e prestes a levantar. Destino: a Maçã estadunidense. Depois de lá termos permanecido uns dias em 2008, eis que regressamos.
A necessidade familiar de acompanhamento e o desejo de conhecer o novo neto. O Gabriel!
Nova York é uma cidade que não se esquece. Não direi sem igual, mas que tem o seu próprio perfil. As ruas que são avenidas, a numeração de cada uma, a altura e dimensão dos edifícios, o seu Central Park, tudo transporta consigo uma significação que não encontramos noutros lugares. E há muitos que os querem imitar.
A cidade surpreende pelo clima social que apresenta. Ali não se verifica a necessidade de se classificar as pessoas pelas suas diferenças. São todos diferentes e por isso mesmo iguais.
A visita anterior deixou-me a sensação de uma cidade onde tudo se faz e tudo se consegue. Enquanto que noutros lugares há arredores para se desenvolverem outras atividades, aqui é tudo na cidade. Nos seus parques e nas suas ruas.
Agora, já de mala aviada, esperamos pelas novas formas que poderemos encontrar!

terça-feira, maio 15, 2012

Hoje é dia de Fotos - ADAY!

Talvez seja para distrair ou então para nos enriquecermos. Em cada momento que temos é confortável parar para olhar em volta e ver. Será que ver é o mesmo que olhar? O mais certo é que olhamos para ver. É uma tarefa que me agrada e que já pratico há muito! Pegar na máquina fotográfica - câmara ou kodak - e registar o que me rodeia. Os verdes dos campos. As águas do mar. As montanhas, a cidade, a gente que se movimenta. Neste tempo de perturbação, em que tudo está em conflito e na busca de novas formas de orientar a vida, pegar na máquina - agora a que utilizei é digital - e captar o mundo envolvente, traz-no uma acalmia e um sentimento de criação. E isso é bom.
Aqui vão umas imagens da cidade de Almeirim, o Parque da zona Norte, das margens do Tejo, a casa dos avieiros no Patacão, o cavalo do Sorraia - o famoso Zebro - na Reserva de Alpiarça. Um périplo nem curto nem longo, o demorado que baste para relaxar.






sábado, maio 12, 2012

Olivença, a bem amada!

Fomos a Olivença. Terra do Alentejo que se transformou em terra de Espanha. Que era de Portugal - e continua a ser: OLIVENÇA É NOSSA!!. Esta visita já estava agendada a algum tempo. Percorrer a terra é coisa que me agrada e faz regressar aos tempos de infância, quando partia da Lucira para Moçâmedes,(Namibe) Sá da Bandeira (Lubango) ou Porto Alexandre (Tombua). Nessa época era atravessar as zonas de deserto e subir as montanhas com o cheiro intenso da terra e do mar. Agora foi seguir as paisagens deste Alentejo. Agora verdes porque choveu. O verde alentejano é lindo! Ao longe as povoações brancas estendem-se pela paisagem e marcam a presença da gente. Passando por Évora Monte foi altura de lembrar o tempo das Guerras liberais e a derrota do Miguel absolutista! Estremoz traz-nos outras lembranças, mas sempre a da guerra de fronteiras. Isto de se ser Independente também teve o seu preço.
Olivença deixou de ser portuguesa em 1801. Aliás deixou de estar sobre a legítima autoridade portuguesa nessa data. Foi o resultado da chamada Guerra das Laranjas do Godoy. O Congresso de Viena reconheceu o direito à restituição do território. Que a Espanha concordou em 1817. Mas não cumpriu até hoje.
Foi um enriquecimento pessoal esta visita. Ali, nas suas ruas, no conjunto do seu amuralhado. Nas suas igrejas e capelas está o nosso país. País desviado e prisioneiro porque o governo é outro. Por cada rua, cada decoração oficial sentimos o pulsar de uma existência interrompida. O guia que nos acompanhou, que é oliventino e estuda em Portugal, sabia falar português. Segundo nos informou os moradores que contam com mais de 65 anos falam todos português. Achei sensacional dizer que a sua mãe, em casa, ralhava com ele em português mas falava em espanhol.
De seguida fomos para Badajoz onde estava previsto o almoço e uma palestra, à tarde, na Universidade local.
Foi uma experiência que trouxe acrescentamento à nossa capacidade de conviver com os nossos vizinhas.














A Justiça da Justiça!

Esta Justiça que temos é formidável. Agora o caso já velho do Sr. que é Presidente da Câmara de Oeiras. Todos ouvimos as notícias sobre as suspeitas de fuga aos impostos, de dinheiros depositados na Suiça. Eu sei lá o que se disse. Foi julgado e condenado. Não cumpriu pena nenhuma! Agora ouvi que o crime tinha prescrito. Não vai cumprir a pena a que tinha sido condenado. O seu Processo andou de recurso em recurso, com prescrição à espera. Por mais voltas que procure dar à mioleira não consigo perceber isto. O nosso País não é igual! Continua como na Idade Média! Há uma Lei para os ricos e poderosos e outra para os pobres e desfavorecidos. A dignidade humana só existe onde há respeito e salvaguarda dos direitos para todos. Como diziam os franceses revolucionários "O Homem nasce livre e igual" isso para aqui são tretas. Quem desvia umas bolachas ou um pacote de leite no Hipermercado vai preso. Ouvi o dito Sr. de Oeiras dizer que estava condenado por não sei quantos milhares de euros - já não me lembro. E a arrogância e impunidade com que falou.
Gastam fortunas com processos judiciais. Investigações, advogados. Fugas ao processo e outras que mais coisas que somam milhões. Nós pagamos para isso tudo. Para nada. É só fumaça - como dizia o Almirante Pinheiro de Azevedo, que ainda me lembro de o ver na varanda a responder às arremetidas na praça do Comércio.
Meus caros amigos: o dinheiro dos Contribuintes tem que ser respeitado! Há que dar contar contas dele!

quarta-feira, maio 09, 2012

A Cultura que temos!

Sempre que ouvimos falar sobre Cultura encontramos imprecisões e afirmações que nos surpreendem! Acabei de ver um Programa da tarde da RTP (hoje, dia 9 de Maio. Estava a ser entrevistado um alentejano. Dos castiços. Daqueles que falam à alentejano e sabem rir e cantar. Este era do Ciborro, de um monte perto de Coruche. Para além destes dotes era poeta. Com toda a sua simplicidade declamou algumas quadras da sua autoria e apresentou uma publicação, que conseguiu agora que faz 80 anos. Referiu a sua origem, a sua Escola de infância e a família. Na Escola fez a 3.ª Classe, o que era considerado o primeiro grau, pois só havia o 2.º grau para os filhos dos mais beneficiados. Pelas suas palavras percebemos a satisfação por estar perante as câmaras a falar de si. No seu estilo peculiar trouxe-nos a vida do seu tempo, as suas dificuldades. Enfim, o que foi o Portugal daqueles anos do Estado Novo e anteriores, em que só os que detinham o poder encontravam "caminho para progredir". Ao ver a sua figura simples e culta, senti o dever de apresentar as minhas desculpas em nome do meu País. E isto porque este País - a gente que o governava e os que os apoiavam - não soube respeitar os seus filhos. Não se criaram condições para que a gente do interior e todos os que eram de condição social mais desfavorecida, pudessem apresentar as suas capacidades e trazerem novos enriquecimentos.
Hoje que vemos o desenvolvimento conseguido - daí a chamada Crise - fica-nos um certo sabor amargo de desilusão perante os valores que se perderam. A Cultura não tem idade nem condição social. Mas faz sombra e sempre houve gente que não gosta dessa sombra!

sábado, maio 05, 2012

O nosso dilema!

É sempre assim! Ou então é a mesma coisa! As frases aparecem e soltam-se à medida que se dedilham as letras do pc. Talvez pudesse escrever das teclas mas não sei música. Música é o que continuamos a ouvir. Os sons melodiosos embalam-nos e trazem uma certa forma de entorpecimento.
Vamos receber o que nos foi tirado a partir de 2015. Não nos perguntaram se estaremos vivos nessa altura. Mas vamos, dizem-nos em voz melodiosa. Agora já não estamos em situação de seca extrema. terminou. É o que dizem os senhores do tempo. Choveu muito! Bastaram cerca de 3 dias. Foi suficiente? Mas não bastam 3 anos para voltar a "chover" o que nos foi retirado para salvar o País? Olhem o que fez o Pingo Doce. Deu à malta a oportunidade de comprar com desconto de 50%. Não sei qual foi a intenção - tinham muitos produtos a terminar a validade? era para afastar a concorrência? - mas deu resultado.
Um conselho para o Sr. Gaspar? Baixe os impostos 50% e dê a oportunidade à malta de se enfartar a fazer empresas e a produzir! Está-se mesmo a ver que não percebo nada de finanças. Mas cuido das minhas.
Amanhã há eleições ma Grécia! Ao que tenho ouvido aparecem 30 partidos a candidatarem-se. Com aquela crise toda ainda há tanta gente a querer mandar? Afinal parece que é bom mandar nos outros! Dizem também que a perspetiva de vitória será para os extremistas? Vão conseguir alguma coisa? Com estes mercados financeiros? Aqui na nossa santa terrinha temos um ditado: "estás a ver-te grego, ou então ver-se grego". Já é muito antigo, mas há razão para isso lá isso há!
Os franceses também votam. Esses já são mais finos. esperemos que de tudo saia alguma coisa de favorável e positivo. Há muito que não vivemos sozinhos.