Acabei de ver e ouvir. Às vezes estes homenzinhos que nos governam ainda nos surpreendem! É o caso de hoje com o amigo Álvaro, corrija-se para Ministro da Economia de Portugal-2012. Deu uma entrevista. Fala do despesismo. Gastou-se muito dinheiro a fazer autoestradas. Sempre a mesma música. Lembro-me dos ditos humorísticos de Raul Solnado: a autoestrada de Lisboa ao Porto desaparecia em Vila Franca e voltava a aparecer nos Carvalhos (mais ou menos assim). Nessa época eram alguns kms. Agora fizeram-se novas estradas. Percorre-se o País de Norte a Sul, de Este a Oeste, pelo Litoral e pelo Interior. Gastaram-se mais de 14.000.000 de euros. Tanta massa. Dava para pagar os subsídios de férias e de natal aos funcionários públicos durante treze anos, disse ele. Mas este senhor sabe o que diz? Se não houvesse a construção de autoestradas onde estaríamos hoje? A andar de bicicleta? Gastava-se menos, não se precisaria de combustível. E as empresas de construção como ganhavam experiência para se poderem internacionalizar? Que é o que está a acontecer. E os empregos. E a pressão política dos autarcas sobre os governantes? Quantos acidentes continuariam a ocorrer? E o gasto de combustível?
É de registar esta súbita preocupação pelo pagamento dos subsídios. Será que já perceberam que a função pública está distribuída por todo o País? Para além dos organismos do Estado há as Autarquias. Os cortes nos rendimentos obrigaram a uma redução de despesas. Então aí vai, de seguida, a diminuição dos rendimentos dos vendedores: comércio e pequenos serviços de assistência técnica e outros. Mais desemprego. Já estamos nos 15%.
Agora o outro amigo, o das Finanças, o Sr. Dr. Gaspar (respeitinho para não me subirem o IRS)diz que os portugueses apoiam a austeridade. Desde que os sacrifícios sejam distribuídos! Outra alegre conversa dos nossos bons amigos. Falta aqui uma notícia importante: será que já descobriram petróleo em Peniche?
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