sexta-feira, junho 01, 2007

Diário de uma visita - A partida

Foto - Zona do Arco - Tombua - Namibe
A partida para o Aeroporto de Lisboa foi engraçada e com surpresas. Saímos de Almeirim no dia anterior, 24 de Março, e fomos para a estação ferroviária de Santarém. Aí se apanhava o combóio para Lisboa. Acontece que sabíamos do horário de saída mas a dona Maria do Sameiro esqueceu-se disso. Quando estava a tirar as pesadas malas do carro do João, que nos levara, ouviu-se o anúncio da chegada do combóio para Lisboa. Não é que a Senhora sai a correr para o cais de embarque para subir? Ainda não tinha comprado bilhetes, aquele não era o combóio em que iríamos, ela levava o meu casaco na mão e nele estava a minha carteira com o dinheiro.
Do cais chamava-me para vir apanhar o combóio que ía partir, eu, junto à bilheteira, dizia-lhe que não era aquele e que tinha de comprar o bilhete mas ela é que tinha a minha carteira. Foi um espectáculo. Lá comprámos os bilhetes e seguimos naquele "trem".
Já em Santa Apolónia tivemos que alugar dois Taxis, as malas não cabiam num. Passámos a noite em casa da Romi, que também ía. Manhã cedo, pelas 6,00 horas, seguimos para o Aeroporto onde cumprimos as funções de apresentação, fiscalização e revista.
Chegámos a Luanda às 19,00 Horas. À saída do avião dá-se outro episódio viagistico: comecei a descer as escadas metálicas e, com medo de escorregar, concentrei a minha atenção nos degraus. Quando dei por mim estava na pista e alguém, funcionário local da TAP, dizia-me para seguir em direcção ao autocarro. Respondi que não ía, a minha filha e a minha mulher estavam lá atrás, nas escadas, onde tinha sido interrompida a descida, ficando à espera de outro transporte. Há uma funcionária, de lenço ao pescoço e telemóvel na mão que se aproxima e diz:
- Ficar à espera na sala de desembarque, aqui não pode ficar, siga para o autocarro.
Lá fui, muito contrariado.