segunda-feira, março 12, 2012

A emigração!

Para nós, os habitantes desta faixa atlântica, voltou em força um pesadelo antigo. Não me parece que seja verdadeiramente um pesadelo, talvez mais uma forma de esperança. Esperança de alto risco, de incertezas. Quando me debruço sobre as razões que motivam este caminhar constante encontro sempre as mesmas. De início, nos anos de quatrocentos, procurava-se uma nova oportunidade. As gentes, pobres na maioria, procuravam uma nova terra para melhorar a sua condição de Vida. Nos anos de quinhentos é a fuga às perseguições religiosas, a aposta na aventura conseguida. Os novos territórios das américas enfeitiçam a Europa. Depois, o continuar das perseguições religiosas, os conflitos armados entre as várias potências, tudo motiva o exôdo. De África tira-se a mão-de-obra. Segundo modelos de profunda desumanidade. Para nós, agora, é a crise. Toda a gente acreditou que estávamos bem. Feita a descolonização entrou-se na comunidade europeia. Afinal não chegava. Para mim isto não é surpresa. Não produzimos a riqueza necessária para todos e com o nível que cada um quer ter. À juventude está aberto um caminho doloroso. Mas começa a sê-lo, também, para os mais velhos. Não há trabalho e é preciso sustentar a família. Precisamos de uma "Nova Ordem". Melhor regulação do que precisamos, queremos e podemos ter. Mas sempre na base da democracia e do respeito pela dingidade humana|

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