domingo, março 09, 2008

A Grande Marcha

Todos assistimos à manifestação de Sábado. Dezenas de milhares de Profesores desfilaram em Lisboa. A razão estava na contestação da Política Educativa do Ministério da Educação e da sua Ministra. Tenho ouvido e lido que a razão desta manif. era a de contestar a Avaliação. No entanto o que se ouviu foi mais ligado à contestação Política dos processos de reforma do Sistema Educativo. Acontece que há uma premente necessidade de Reforma. O Mundo já não é o mesmo que o de há dez ou vinte anos. As coisas do Ensino-Aprendizagem transformaram-se com enorme velocidade. Sem se Reformar - modificar o processo de funcionamento de todo o Sistema - não parece ser possível a Modernização dessa mesma Aprendizagem. Claro que Reformar implica alterar, modificar. E isso é coisa que vem mexer com o que se fazia e se aplicava. Vivemos já outros tempos, que foram primeiramente notados e seguidos pelos alunos. As mentes jovens são mais permeáveis à modernização, ao que é novo e diferente. Agora a Manif. veio mostrar o descontentamento da Classe dos Professores com essas Reformas. Diz-se que elas estão mal definidas, que não foram negociadas, que não se dialogou. Enfim, a mesma conversa de sempre. A realidade mostra que se está num impasse. Os Professores radicalizaram em absoluto o processo de contestação. Deram-lhe características de contestação política, assumida por várias forças partidárias que perderam as eleições. A questão profissional passou a questão política. O que é um erro no meu entender. Então e agora? Quando vão iniciar-se os processos de Greve, a arma dos trabalhadores?

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