quarta-feira, dezembro 16, 2009

A gente de hoje. Espírito religioso e cidadania

Vamos apresentar uma Exposição sobre o Sacro e o Profano, nas gentes da cidade, entre 9 de Janeiro e 12 de Fevereiro do próximo ano de 2010. Esta amostra conta com os materiais cedidos pelas pessoas que colaboram e trazem o que faz parte do seu quotidiano. A religião transporta consigo um sentido de ligação ao espiritual, e às crenças que se representam através da noção de Deus. O Profano - que consideramos a forma de ligação ao religioso da Igreja - traz-nos a representação da espiritualidade de cada um de nós. A sua forma de orar e de pdir a protecção de Deus. Esperemos que gostem. A partir de 9 de Janeiro na Galeria Municipal de Almeirim.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Tempos verdes - Há verdes tempos!

Decorre a cimeira sobre o clima e o nosso Planeta. Todos falam e apresentam propostas. Acima de tudo parece que estão mais preocupados com quem paga as medidas que resolverem tomar.
A acção humana tem sido bastante intensa e a resposta resulta em catástrofes quase que pré-anunciadas.
Todos queremos viver melhor. Ter mais comodidas e serviços disponíveis. Conseguir momentos de lazer a toda a hora. Isto resulta na ofensiva mais complicada que a humanidade realizou.
As alterações climáticas não estão unicamente na acção humana. Elas também resultam de alterações cósmicas que se podem estudar e encontrar em tempos anteriores ao nosso. Os russos falam das manchas solares e do seu ciclo de aparecimento e intensidade.
Enfim, temos que nos precaver.
Aqui na nossa zona a acção agrícola tem provocado alterações na estrutura dos solos. Lavra-se em todo o lado e não há estudos sobre o impacto da desflorestação provocada pela agricultura. O problema da erosão dos solos numa região de depósitos terciários não está devidamente acautelado.
Temos o rio Tejo repleto de areia, as ribeiras estão assoreadas. Há linhas de água que foram anuladas.
A refracção da luz solar é intensa.
Esperemos por melhores dias. Mas à espera morreu um burro!? (isto dizia a minha mãe quando eu era pequeno)

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Os tempos que vivemos ou o que vivemos no tempo

Há sempre um paralelo entre o que somos hoje o que outros foram antes de nós. Era habitual a referência "ó tempora o mores" dos antigos romanos. Ela referia-se à constante transformação que a sociedade dessa época estava a sofrer. Hoje, após tantos anos de regime democrático parece que há quem tenha uma visão muito peculiar do que significa a democracia. Estou a lembrar-me da época de governação de Cavaco Silva, actual Presidente, e das afirmações que fazia quando era governo minoritário. Com ele, ao que me lembro, também andava a nossa amiga Ferreira Leite. Agora é o que se vê. Não me parece que estejamos no caminho certo com tantas suspeições e votações. Quando se passa à praça pública informações, que se dizem em segredo, e a partir delas se fazem juizos, estamos a seguir o mesmo caminho trilhado pelo Tribunal do Santo Ofício. E isto não é bom. Outra situação, que foi explorada na campanha eleitoral, é a da questão das maiorias para governar. Democracia não é autoritarismo. O exercício do poder através do mandato popular , com uma temporalização certa, constitui o expoente máximo do exercício do poder. O poder é legítimo quando conseguido através do voto livre e secreto. Éssa é a força de se ser democrata: saber reconhecer o que ganha e o que perde.