sábado, outubro 11, 2008

Ai ólinda!

É assim. Continuamos na nossa terra a assistir à novela das relações autárquicas. Agora vamos ter no dia 14 a reunião extraordinária da Assembleia Municipal. Razão: votar a destituição da mesa da Assembleia. Como chegamos até aqui? Tudo se desenvolveu com base em conflitos pessoais. Interesses de cada um e relações de Poder. É que não é possível deixar de considerar que o actual Presidente da Câmara, o Prof. Sousa Gomes, tem imprimido um ritmo de crescimento e expansão urbana, em todo o concelho, que é digno de nota. Podemos criticar algumas das opções considerando que poderiam ter tido outro andamento mas não é lógico ignorar ou desdizer de que está feito. Não me parece que em qualquer outro tempo se tenho feito mais e melhor. O concelho, por inteiro, sofreu transformações assinaláveis que mudaram a vida das pessoas. Ora o que está então em causa? Como escrevi, parece-me que são questões mais relacionadas com problemas pessoais e não gerais. A fraseologia que tem sido utilizada pelos elementos que hoje constituem a oposição na Câmara, é de uma pobreza confrangedora. Acrescente-se ainda os insultos proferidos a propósito da Prisão a construir na área da Ribeira de Muge, próximo de Marianos, e na freguesia de Fazendas. Podemos estar contra a localização ou os métodos seguidos mas não podemos estar contra a construção e funcionamento do estabelecimento prisional. Ele representa um investimento assinalável e vai trazer consigo mais riqueza. É claro que há que se ter em conta a segurança dos espaços e dos lugares. Mas não me parece que isso possa ser motivo para tanta movimentação ou violência política. Quanto à Assembleia Municipal eu sou dos que consideram que quando se assume uma responsabilidade perante uma organização política ela deve ser cumprida. Quem está contra deliberações ou actos que não aceita só tem dois caminhos: ou se demite invocando as suas razões ou muda de lugar. Em qualquer dos casos o Presidente da Assembleia Municpal devia considerar que foi eleito pelos seus camaradas de lista para ocupar o dito cargo. Ser Presidente da Mesa da Assembleia resulta da eleição feita pelos elementos eleitos e não por votação directa dos cidadãos. Assim a sintonia política tem que ser completa. Estou informado da situação porque leio as crónicas dos jornais que acompanham as reeuniões. Já que parece ser, agora, moda ameaçar com os tribunais quem critica ou imita opiniões, esperemos pelos resultados. Já o sábio Povo diz "quem não quer ser lobo, que não lhe vista a pele".

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