sábado, junho 01, 2013

Arte Contemporânea em Barcelona.

Como era de prever aqui estamos de novo na cidade das motas. A Barcelona do Barça e outras coisas mais. Muito mais, claro. Desta vez temos segmentado a nossa saída. Pegamos no Roteiro, selecionamos um ou mais sítios e aí vamos nós. A viagem é de autocarro. Comprámos os tiquetes e aprendemos o número das linhas que nos interessam.
Desta vez fomos ao Museu de Arte Contemporânea de Barcelona. Um edifício bem conseguido arquitetonicamente. Linhas direitas, branco. Salas amplas, convidativas.
Visitámos demoradamente o espaço. A Arte Contemporânea deve ser entendida no conjunto de circunstâncias que a fizeram surgir.
Não conhecíamos Eulália Grau. Percorremos as suas colagens e representações através da imprensa. O seu sentido de contestação e a oposição aos regimes capitalistas. A verdadeira sensação está em ver diretamente o trabalho produzido. A própria artista refere: "Nunca he pintado ángeles dourados" (em língua catalã). Daí parte para a crítica à polícia, às prisões, à escola às relações laborais.
Um dos pensamentos que me ocorreu, hoje em que estamos no ano 2013, foi o de que os artistas modernistas e contemporâneos, que contestaram a ordem existente através da sua capacidade criadora, devem ser vistos com um novo olhar.
Ao seu tempo a crítica e a oposição iam para os modelos capitalistas, ditos imperialistas. Mas não olhavam para o outro lado, para os de regime comunista: A URSS, a China e os seus satélites. Aí desenvolvia-se uma feroz perseguição à liberdade e à livre criação e livre pensamento. Mas os nossos artistas olhavam para a direita e não para a esquerda.
As revelações que se sucederam sobre essa dita esquerda, a queda do muro de Berlim e o horror que escondia, o desaparecimento, como fumo levado pelo vento, da chamada URSS, as alterações drásticas na China e a revelação dos crimes de Mao, tudo nos traz uma noção da luta pela liberdade que não se realiza apenas num campo.
Ainda não escrevo sobre a Cuba do famoso Fidel. Uma nação sugeita ao domínio de uma oligarquia que se mantém há mais de 60 anos.
Junto umas imagens do espaço, que é bom de se visitar e conhecer.

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