quarta-feira, outubro 24, 2007

Escolas Boas, Escolas Más?

Acabo de ouvir falar sobre o ranking das Escolas. Mais uma vez se apresenta a relação dos resultados nacionais, obtidos nos exames, para se avaliar as Escolas. As privadas têm melhores resultados. Acontece que nessas escolas estudam os filhos de pessoas das classes média e média-alta. Lindo de se saber. O problema não é esse. As Escolas privadas obtêm melhores resultados porque os alunos trabalham arduamente e os professores estão disponíveis a 100%. Para além disto há que se considerar que os pais e encarregados de educação exigem resultados e controlam o trabalho dos filhos e educandos. Isto não quer dizer que realizam actos de punição ou de violência. Simplesmente estão atentos e acompanham os trabalhos escolares. Ora nas Escolas públicas as coisas não funcionam dessa maneira. Os regulamentos apontam para actos de administração que facilitam a vida e os comportamentos dos alunos. Os professores são responsabilizados por acções e actos que são praticados pelos alunos. Os pais e encarregados de educação exigem resultados sem terem em conta a sua própria responsabilidade no processo educativo. O Ministério de Educação legisla, determina, manda fazer. Muitas vezes, ou na totalidade das vezes, seguindo regras e normas importadas, que não se compatibilizam com as características nacionais. O resultado aparece no pouco trabalho, na indisciplina, na desvalorização do valor do conhecimento. A Escola é um lugar de trabalho árduo para todos. Aí se procura o conhecimento e este só se alcança com muita persistência e muito sacrifício pessoal. Não é na facilidade e no consentimento de tudo para os educandos que se conseguem bons resultados.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Alerta aos Aposentados

Ao que consta o actual Governo prepara-se para aumentar drasticamente os impostos aos cidadãos aposentados. Parece que quer mexer na dedução específica, fazendo diminuir o seu valor o que, a acontecer, vai provocar o dito aumento de impostos. Quando estávamos no activo havia uma Lei da Aposentação, com todos os dados e pormenores, que cumprimos. A subida nos degraus da carreira profissional fez-se principalmente às custas do próprio profissional, que não teve qualquer contribuição do Estado para os encontros de actualização, para os Seminários a que se assistiu, pelos Cursos de Especialização e de Formação académica que fizemos. A vida não é fácil. Temos mais obrigações que os que ganham, ou recebem, menos. Os descontos são maiores, os serviços públicos a que recorremos cobram-nos as taxas mais elevadas. Enfim, isto está a ficar muito mau. Quem é aposentado também tem o direito "à indignação".

domingo, outubro 21, 2007

Fluviário de Mora

Depois de ter ouvido falar sobre ele e de ter visto algumas reportagens, resolvemo-nos a sair de Almeirim e ir em direcção a Mora. Caminho directo para o Fluviário. Estava uma tarde de sol, ainda quente embora estejamos já em finais de Outubro. A distância não é muita.
Lá chegados fomos fazer a visita de conhecimento. Ali está um trabalho notável. Longe de tudo, no chamado Alentejo esquecido, Mora tem uma "joia da coroa".
A simplicidade do espaço dá um maior realce à qualidade do que se pretende mostrar. A afluência do público interessado diz bem do valor que o Fluviário representa.
Junto algumas imagens para ilustrar o discurso, enriquecendo-o.

O Outro, na Taberna do Toino da Cunha - Almeirim

Foi agradável ter lá estado no Sábado, à noite. O grupo de jovens artistas, que pretendem construir o seu espaço no mundo das artes, volta a amostrar-se. É sempre bom ver gente ambiciosa e com força para lutar por um lugar. A vida exige muito de nós. Sem a tenacidade e o espírito de conquista, não se vai longe. As apresentações do Filipe Bonito, do Ricardo Manso, do João Cavaleiro, do Pedro Azinheira, do João Manso e do Tiago Marques, cada um com o seu caminho e espaço, revelam uma inquietude que nos satisfaz. Parabéns.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Imagens de outros lugares

Para descansar e alegrar o espírito, junto algumas imagens de África, terras de Angola.
Tiradas entre Março e Abril, mostram-nos um mundo agora diferente, mas com as marcas profundas da sua construção como país. Escola do Tchivinguiro, Tundavala, lavando na represa, mulher pedindo uma nota, vista do Lubango a partir do Cristo Rei, estrada para a My Beach, Morro Maluco, em frente ao Casino do Lubango, Cristo Rei.

Almeirim city, bang-bang.

Voltei a ler o folhetim dos acontecimentos na Câmara - questão entre o Presidente e o Vereador que foi Vice-Presidente. Acusações mútuas, ameaças recíprocas, enfim, um desconforto total. Parece-me que há ainda muita coisa por acontecer, o que não é desejável. Os autarcas devem preocupar-se, em primeiro lugar, com a resolução dos problemas e das dificuldades dos munícipes. Para isso é que são eleitos. Ser autarca é, antes do mais, o direito de prestar um serviço público, constitucional e democrático, a favor de todos.

Está tudo doido?

Soube-se que vai haver troca de seringas nas prisões. Ao que se pretende é para evitar contágios e contaminações. No entanto há que se ter em consideração que o consumo de drogas é proibido nas ditas prisões. Agora parece que já não é. Se é possível ter o veículo para a sua introdução no organismo, de borla e oferecido, o que impede a entrada das ditas nas prisões?Condenação? Mas eles, os presos consumidores, já estão presos! Quer-se tapar o sol com uma peneira.

quinta-feira, outubro 11, 2007

O Orfeão de Almeirim foi a Milevsko - R. Checa

O Orfeão de Almeirim deslocou-se à republica Checa, à cidade de Milevsko, a convite do grupo coral da terra.
Antes, no ano passado, o referido grupo esteve em Almerim. Agora, retribuindo a visita foi a vez dos cantores de Almeirim irem áquelas paragens.
Pelo resultado ficámos a saber que souberam representar a cidade e os nossos valores culturais. A visita a outros lugares, para além de Milvsko, contemplou a cidade de Pilsen e, claro está, Praga, a capital. Algumas imagens que a coralista Maria do Sameiro recolheu.

terça-feira, outubro 02, 2007

As Recomendações

A Assembleia Municipal de Almeirim fez uma nova descoberta! Apresenta e vota recomendações ao executivo municipal. Um órgão deliberativo e fiscalizador envia ao órgão executivo um conjunto de recomendações com procedimentos a adoptar. Bonito. A última refere-se à Ribeira de Muge. É de louvar a preocupação com a sua limpeza, manutenção e estudos de ecossistemas e pedido de "diagnóstico ecológico, biofísico e sócio-económico". Só agora é que fala nisso? Acrescento que a zona do Ecoparque da Chamusca não tem nada a ver com a bacia hidrográfica da Ribeira de Muge. Mas há o aterro da Ecolezíria, instalado na Raposa. Está situado em solos arenosos e drena águas lixiviantes para a dita Ribeira. Mas disso não se fala. Nada se recomenda. Ao que sei o referido aterro não está licenciado! Ou já estará? Há tempos ouvi várias vezes (sempre que me encontrava na rua falava disso) o proprietário de um propriedade que foi inundada por águas que transbordaram do aterro. Tinha a propriedade destruída, dizia ele. É importante falar de tudo. Não fica bem a um órgão autárquico esconder coisas!

Mergulhar no chão em Lisboa

É um bom título! Quem mergulha no chão, ainda mais na capital do País?
Fui ver o criptopórtico na rua da Conceição. Sábado, dia 29, abria ao público interessado.
Quando lá chegámos era quase meio-dia. A fila de gente estava ao princípio da rua dos Correeiros. Fiz os meus cálculos: daqui a duas horas e meia estamos a entrar. Enganei-me. O tempo foi passando, passaram-se as horas: duas, três, quatro. Já não dava para desistir, depois de tanto tempo de espera. Veio a chuva e todos nós nos mantivémos na fila.
Cinco horas e meia depois, chegou a nossa vez de "mergulhar no chão". Desce-se para o criptopórtico por uma abertura no meio da rua. Claro que estava cortada ao trânsito.
É uma construção romana no Século I. Estes construiram uma base de apoio para um prédio, que deveria ser uma Praça, ou Mercado.
Foi agradável e esclarecedora a visita que fizémos. Mas quem é que fica tanto tempo numa fila, à chuva ( atenção, comprámos chapéus numa loja perto) para visitar um espaço arqueológico?
Ainda bem que lá fui mais a família. Aguentámos o frio e a chuva, mas chegámos ao fim da visita!

A Televisão e as notícias

A importância da Notícia obrigou a que se criasse, no Século XIX, um modelo de construção do que se pretendia dizer. Para maior facilidade da informação dos leitores, os jornais passaram a ter uma norma que referia o tempo, o lugar e o facto do acontecimento. Os comentários já não eram notícias mas sim opiniões pessoais dos jornalistas. Agora estamos numa nova fase. A Televisão continua a mudar tudo. As notícias passam, no monitor, em rodapé, a correr, misturando as funções percepcionais:ver e ouvir. Quem quer ver não consegue ler. As imagens que nos são dadas não são notícias mas sim criações de entretenimento para distrair e manter o ouvinte e espectador atento ao Canal. A leitura obriga a funções complexas. A escrita é uma invenção humana. Daí que os nossos telejornais apresentam reportagens longas, durante o período de emissão, as notícias correm em rodapé (muitas vezes com erros e frases ofensivas) e o resto são comentários e opiniões de reporteres. Para a Escola com eles. Vão aprender a divulgar a verdade.

A nossa Família e os apoios.

Já aqui escrevi sobre a importância do apoio à família, no que se refere à maternidade e aos apoios relacionados com a crição e educação dos filhos. Agora assistimos à divulgação dos apoios a conceder às mães grávidas, pelo nascimento das crianças. Acontece que estamos perante uma forma absurda de marginalização do direito de se terem filhos. Os apoios só são concedidos a famílias com rendimentos baixos ( quase mínimos ). E os outros? Ganham mais, têm mais posses, então já não têm direito a apoios. A conclusão lógica é a de que só os pobres é que podem ter filhos. E os outros? Onde está a igualdade de oportunidades para todos? Não é assim que acontece em Espanha. Ali os apoios estatais são para as famílias com os "bébés a bordo", para todas as famílias. Continuamos o Estado pequenino! Das esmolas aos pobrezinhos e dos impostos aos que trabalham e procuraram melhores posições profissionais.

O Ecoponto da Chamusca

Num tempo de muita conversa sobre os problemas da poluição e da contaminação do meio ambiente é de se ter em conta o trabalho que se está a fazer na Chamusca, com a criação do Parque do Relvão. Tive a oportunidade de visitar aquele espaço, no seguimento da actividade do Clube Rotário de Almeirim, em colaboração com as Edições Cosmos e com a Câmara M. daquele concelho. Antes da visita houve uma palestra sobre a importância do tratamento aos resíduos e da necessidade de se proceder à criação de espaços, devidamente controlados e certificados, para tratamento e aproveitamento daquilo a que vulgarmente chamamos de "lixo", mais e menos perigoso. Na visita fomos informados sobre o funcionamento do Ecoparque e sobre as empresas ali instaladas e a instalar. O Sr. Presidente da Câmara da Chamusca foi incansável nas explicações e resposta às questões. Quando ouvi e li as primeiras notícias sobre o interesse dos autarcas chamusquenses na instalação, fiquei surpreendido. Agora a Chamusca queria o lixo todo? Depois da visita e dos esclarecimentos compreendi o seu interesse. Parabéns.