sexta-feira, dezembro 16, 2011

Estou-me Marimbando

Ora viva. Agora os resultados de tanta austeridade e de tanta privação. E"ainda a procissão vai no adro"! Um jovem deputado resolve dizer o que sente! Estará tramado? Não me parece. A vida para os jovens está cada vez pior. A procura da formação mais própria e mais avançada deveria terminar no resultado esperado: direito ao trabalho na sua área. Deveria! É o que se pode dizer, mas não concretizar. A palavra "marimbando" é de origem africana, não sei se angolana ou moçambicana. Mas é uma palavra do léxico português. E diz tudo. Quando somos diariamente confrontados com os julgamentos financeiros dos senhores dos EUA apetece dizer isto e muito mais. A guerra agora está a ser localizada nas moedas: euro versus dolar. Se o euro continuar a afirmar-se e o dólar continuar secundarizado como vai ser a economia dos EUA? Com tudo o que devem e gastam? Vai daí, como nas pequenas histórias de encantar, organizam um ataque sistemático à Eurolandia. É melhor esperarmos que a vitória final nos caiba em sorte. Até lá continuaremos a pagar para os outros e a apertar o cinto. Bom Natal e que o ano que dizem que vem chegue com novas revelações! Mas agradáveis.

quarta-feira, novembro 30, 2011

Notícias de lá!

Tenho lido muita coisa sobre as terras de Angola! Há pouco surgiu uma nova publicação! De gente que veio de Luanda. É obvio que há uma necessidade evidente de se contar o que foi o tempo da Angola de feição europeia. A História não se compadece com ses ou com encobrimentos. A verdade Histórica passa pelo sentido correto da realidade e pela revelação das ocorrências que se verificaram. Não só agora, como ontem e até de há mais tempo. Tenho para mim que já devia ter escrito alguma coisa sobre o assunto. Mas a disponibilidade de tempo e paciência nem sempre ajudam e, às vezes, mais parece desculpa. Neste momento estudo a História Local de Almeirim. A pesquisa documental sobre o tempo e as ações que aqui ocorreram não é fácil nem rápida. Mas lá vamos. Se bem que não gostaria de escrever as Memórias, talvez fosse mais correto acrescentar "o relato de factos". Até ao próximo dia.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Há que ter Uma Esperança!

De acordo com o que já escrevi antes as coisas concretizam-se: sempre nos vão tirar o subsídio de férias e do Natal. Já não é preciso falar do "passeio e do asfalto a pagar, em frente de nossa casa". Agora fica a sensação da impotência e da busca de novas oportunidades (??). Gostaria de escrever alguma coisa sobre a nossa juventude. Onde vão estacionar no começo da vida? Quais as esperanças que vão herdar? A luta por um lugar é dura e dificil! As oportunidades que surgem são manipuladas e dirigidas. Tudo é incerteza. Mas há que procurar a esperança - no sentido de que se consegue obter o desejado - na capacidade de organização de trabalho. De resistência à tentação do "eu quero e dá-me". Em nenhum outro tempo a Juventude teve tanto conhecimento e tantas capacidades de ação como hoje. Lutem por um lugar ao Sol sem escurecer os outros.

segunda-feira, outubro 10, 2011

Eu Quero! Eu Quero! Eu Quero!

Fiquei surpreendido com a letra da música dos da "Luta". Sábado à tarde, na RTP1. O dito conjunto musical, o que foi ao Festival para nosso mal, cantou "Eu quero um Hospital" Eu quero transporte" (...) e não sei que mais. A surpresa vem do texto. Todos nós queremos mas há uma diferença entre o querer e o ter. Talvez esteja aí a raiz do nosso problema. Para ter é preciso querer e para querer é preciso fazer. O desenvolvimento da linha de ação política que conduziu a esta forma de resolução dos problemas do "povo" conduziu à Madeira e à situação em que aqui vivemos. Esperar que os nossos problemas e necessidades se resolvam porque queremos é esperar por milagres. E estes são muito dificeis de acontecer(é o que diz a Igreja). Só com muita disciplina, organização e perseverança é que conseguiremos satisfazer o: eu quero! A propósito: não acredito nas profecias e afirmações de que somos os piores, os malandros, os madraços. Somos mais que isso e é preciso fazer para querer que a verdade seja outra. Junto uma caricatura de Bordalo Pinheiro. Do tempo em que todos "queriam" do Orçamento.

sexta-feira, outubro 07, 2011

Um Mais Querer Que Bem Querer!

Ouvir as notícias diariamente é coisa que enche a nossa capacidade de entendimento. Agora há uma que (?) me surpreendeu ainda mais: foi suspenso o Prémio para os Alunos mais Classificados do 12.ª Ano. Bem, suspenso não, mandou-se que fosse destinado às necessidades de apoio(?) das Escolas. E vai daí a Ordem dos Médicos resolveu assumir 10, outras entidades assumiram outros. Bom, moral de história: não dar o prometido que é esperado merece o inferno. Ouvi os comentários dos alunos que deixaram de receber. Trabalharam para isso; esforçaram-se, já contavam com ele! Ao que parece há um conhecimento limitado das aspirações e crenças da Juventude. Agora sim. Lá do outro lado do Atlântico começam a protestar. E contra os senhores da Finança. Os que nos trouxeram esta m... de situação. Ainda bem. Imponham a devolução dos dinheiros ganhos com a mentira dos pacotes de investimento que não existiam. Morreu Steve Jobs. O da Apple. Conheço muito do seu trabalho e exigência. Tem direito à lembrança eo reconhecimento.

sábado, setembro 24, 2011

Abriu-se a Caixa de Pandora!?

As situações continuam a desenvolver-se. Mais rápidas do que esperaríamos. A Madeira é o Outono do nosso descontentamento. O célebre Jardim, agora vai "Nu". Como foi possível deixarem este senhor chegar a este ponto? A Autonomia, consagrada na Constituição, é uma conquista democrática importante para as regiões insulares. Então para que serviu, ali na terra do Max(peço-lhe desculpa por invocar o seu nome)!? Para terem um responsável oportunista que jugou com os dinheiros públicos para se manter no Poder. Será que usou a sua fortuna pessoal para as Obras? Brincadeiras de mau gosto! Essa da Independência é um espanto. Então e os seus direitos de Autonomia só serviram para sugar ao "Continente"? Onde está, ou esteve, a sua capacidade gestora e de inovação? Nos cofres da Repúplica! Que nós pagamos. Há nuvens pesadas sobre o País. Os jovens estão a pagar um preço demasiado elevado por todas estas tropelias.

sábado, setembro 17, 2011

Madeira - Pomba Branca ou Corvo Negro?

Já está consumado! Ficámos a saber o que se adivinhava: o Jardim deve mais de 1.000.000 e não sei quantos. Quando estamos a suportar o quase "insuportável" sai-nos esta da cartola ilhotesca. Como é que foi possível chegar aqui? (ainda não sabemos o mais que pode vir). Daquelas bandas do mar oceano só vinha insulto, ameaça, cariacaturas grotescas da realidade. A oposição e quem fosse do contra não tinham direito à expressão. Orçamentos falsificados? Por um Governo Regional? Não. Isso é dos colonialistas do Continente. Estou a ficar revoltado, o que quer dizer revolucionário. E agora? Vão-nos tirar o subsídio de férias? E mais um imposto sobre o passeio fronteiro à nossa casa? E já agora aos metros quadrados de asfalto (para quem o tem). As filosofias pensantes sobre o comportamento político desta Região não chegam para explicar o que se consumou. A Democracia é o melhor regime de organização das sociedades. Mas, talvez por isso, tem fragilidades. Há que as assumir e dizer "com toda a frontalidade" que o Jardim não tem nada de democrata e muito menos de administrador bem educado e sofrivelmente organizado. Vamos defender a Madeira, que é um jardim. Fora com os malandros.

sexta-feira, agosto 19, 2011

Novos Tempos, Velhos Tempos

Agora é tempo de refletir. Sobre o que vivemos. O Mundo está em mudança. E não se percebe para onde se quer ir. Aqui, no nossos espaço, as coisas continuam a não ir bem. Assistimos ao ataque continuado da Oposição (em conjunto) ao Governo do Sócrates. Vai daí? Eleições. Agora é tempo de Passos e de Portas. E então? Antes iniciaram o movimento de anular as taxas moderadoras da saúde. Agora? Acabam-se os apoios às despeas com tratamentos, com diagnósticos, exames. Bem. E vamos Bem. Acabe-se com o TGV. Já. Quando formos Governo é liquidado. E então? O que se fez? Não sabiam? Os compromissos internacionais assumidos? Ignoravam? Boa gente. Santa gente. Aqui nos Algarves vou refletindo. E ouvindo e vendo. É só gerúndio porque não dá para mais.

quarta-feira, julho 27, 2011

Aos Novos Tempos sucedem Novos Tempos

A minha ausência tem um motivo. Parece que me estou a cansar destes processos de vida e de organização. Tudo está de pés para o ar e há quem considere o "tudo bem".Há a crise. Em crise já vivemos nós há muito tempo. Fomos sempre adiando, encontrando alternativas escapatórias. Adiando. Vamos acompanhar o processo da salvação para saber o que a realidade nos prepara! Agora não podia deixar de registar algumas opiniões. Oslo. A terra dos nórdicos. Os que se dizem civilizados e que são a inteligência e a organização. Afinal não tinham nada. Há um energúmeno que pega na arma, que tinha, e vai a uma ilha onde estavam centenas de jovens e mata o que lhe aparece pela frente. A polícia teve que arranjar transporte para lá ir salvar as pessoas. Trájico. Não há discursos ou alegações que valham. Mentes criminosas. Agora, outra vez, Amy Winehouse. Morreu. Pronto. Assim mesmo: morreu. E quando se apresentava em público em estado alterado e incontrolável? Tudo é permitido. E depois lamentam-se. Mas que coisas para lembrar. O Mundo não é um "mar-de-rosas". A liberdade e a democracia não podem permitir o livre-arbítrio.

sábado, maio 14, 2011

Açores - As ilhas de Encanto!

Já referi a visita. Por terras de Nemésio e de Antero, as Ilhas de Bruma encantam. A paisagem surpreendeu-me. De um modo extraordinário.Não tinha conhecimento da realidade insular açoriana, ou melhor, o que conhecia pelo estudo e leituras não se adapta à realidade. Entre o primeiro e o último passo que damos naquelas terras vulcanicas a surpresa mantém-se. A luta diária dos açorianos, desde os tempos de ocupação e conquista de espaços para a vida, aos nossos dias, é um feito que nos esmaga.Foram necessários um esforço e uma vontade enormes para que, hoje, se possa viver a beleza e a simplicidade do dia-a-dia. Há uma referência especial para quem tem o privilégio de ser açoriano: os nossos agradecimentos por partilharem connosco a grandeza da vosso trabalho e amor à terra! As imagens, algumas das muitas que continuam a encher-me a alma, mostram o que é preciso conhecer. As imagens indicam momentos nas ilhas:Terceira, Faial e Pico.

segunda-feira, maio 09, 2011

Açores - Terras do Pico

Agora estou por terras dos Açores. Terceira, Faial e agora o Pico. Depois S. Miguel e volta a Lisboa. Esta escrita tem por fim registar apenas um primeiro comentário. Fiquei impressionado com a paisagem. Não conhecia a terra vulcânica. Agora já dá para perceber a sua formação e transformações ocorridas durante os tempos geológicos. Mas o que é de considerar é o conhecimento do esforço humano que foi necessário fazer para se habitar estes territórios e viver neles. Um cumprimento muito especial para os açorianos.

sábado, abril 30, 2011

Avaliação e desempenho profissional!

Agora o que já se sabia. O tribunal Constitucional anulou a suspensão da Avliação de Professores, decidida pela A.R. quando já estavam de partida.Já escrevi que a Avaliação de trabalho, para verdadeiros profissionais, é uma exigência que não se pode ignorar, ou, então, impedir que exista. A votação da "Santa Aliança", que pretendia a nulação da dita Avaliação, que já estava em marcha e que procurava distinguir o trabalho sério da simulação, tudo isto, foi feito com espírito de arrogância, rancor e cálculo político. Mas o que me surpreende é o facto de os deputados da A.R. não saberem o que fazem e, ainda pior, não conhecerem os limites do Poder que exercem. Sem Avaliação não há qualidade no trabalho qe se faz. Não há respeito pelo mérito de cada um. Pior será uma Avaliação feita pelos avaliados. Seria bom que, por exemplo, o treinador da equipa 1 fosse para o jogo com as suas regras e exigências! Há que se tirar o oportunismo político da Carreira Docente.

terça-feira, abril 19, 2011

Não Vou! Não Negoceio!

Acabo de ouvir e ver a posição de dois Partidos que se reclamam de esquerda: Não vão reunir com os senhores do FMI e da CE e do BCE. Mas que novidade. Quando alguém vem à nossa casa para nos ajudar ou tentar explicar qualquer coisa é de bom tom receber e ouvir. Não se recusa ou despreza. Enfim. Mas então? vão continuar a receber os vencimentos das funções políticas? com o dinheiro que eles vão emprestar? Ou não? Não me agrada o FMI e companhia. Mas recebemos os apoios da CE para a integração e desenvolvimento. O nosso modelo de base, surgido após o 25 de Abril, que consubstancia o Estado Social, está falido. O Estado não é a salvação. Há que repartir e tornar a dar. Esperemos mais consenso em torno das necessidades nacionais e não dos interesses ideológicos. A Utopia deve existir, mas é, e sempre será, Utopia.

domingo, abril 10, 2011

Novidades da Primavera

Já começou o tempo novo da Primavera. Agora 2011 fica conhecido como o ano da Repetição. Aí está o FMI e mais a CE e mais o BCE. É um conjunto de visitas que dispensava. Procuram-se bodes espiatórios quando todos o somos. Queremos o melhor, reclamamos mais e fazemos o pior. Aqui, no meu quintal, as flores apareceram. É tempo de Primavera. Há mais Sol. O ar está mais quente. O céu azul está limpo. Claro, passam aviões que deixam a sua marca. Para onde vão? Neste novo tempo, repetição constante dos amanhãs a virem, é chegado o momento de se pensar em melhores dias. A Esperança do que virá não deve ser esquecida. Com as dúvidas da ordem. Aí vão as flores do meu descanço.

sábado, abril 02, 2011

Geração À Rasca!

Já tive oportunidade de assinalar a minha opinião sobre esta designação escolhida para a juventude de hoje. É claro que há razões para se concordar com ela assim como as há para a não concordância. As dificuldades aguçam o engenho, é o que se costuma dizer. Só que temos de aceitar que as dficuldades da juventude de hoje são mais especializadas e, por isso mesmo, mais dificeis de ultrapassar. O facto desta juventude ter como formação o Curso Universitário, muitos com especializações diversas, acrescenta valor às dificuldades e às reivindicações. O que me parece é que se está a criar uma forma de contestação que leva à negação das realidades sociais e políticas, ao mesmo tempo que se pretende entrar nelas. O célebre Coelho da Madeira, agora, já aparece a oferecer o Partido dele para servir "O Movimento" ? Agora já é Movimento. A pretensão de se apresentar na AR um pedido legislativo sobre a situação dos recibos verdes parece-me legítima. Mas o que leio é um conjunto de conclusões, de gente de fora e que se pretende comentadora eficaz, que aparece a rejeitar as organizações Políticas e a classificá-las como nocivas. Foi isso o que disseram os grandes ditadores do Século XX: Estaline, Mao, Hitler, Enver Hoxa, Castro e o nosso Salazar. Sim, nosso porque também tivemos direito à receita das reivindicações (com a 1.ª república). À medida que vamos envelhecendo - nos, os pais da geração à rasca - vamos criando maiores distâncias em relação à juventude e aos seus anseios e esperanças. Esse é que é o problema. A juventude atual é a nossa continuação, das nossas esperanças e dos nossos desejos de um mundo melhor. Separando o trigo do joio acrescento que é necessário permitir à juventude o lugar e os direitos que lhes competem.

sábado, março 26, 2011

Avaliação, Trabalho, ... Avaliar!

Agora mais uma! O nosso célebre Parlamento - diga-se Assembleia da República - aprovou, através da Santa Aliança, a anulação do Processo de Avaliação para os Professores. Fico surpreendido! O que representa o valor e a qualidade de uma Profissão é a Avaliação que a mesma sofre em todo o processo da sua ação. É curioso registar que se diz que se aceita a "avaliação" mas, esta, não! Qual será? A que os avaliados exigem. Melhor, quem se sujeita a ser avaliado é que quer ditar as regras do processo! Já fui avaliado e já fiz avaliação! Não ditei as regras ao que fui sujeito e não abdiquei do direito de proceder à aplicação do processo avaliativo. Não vi que tivesse sofrido males por isso. Antes pelo contrário, progredi na carreira. Infelizmente vi outros, graças ao processo existente, progredir como eu quando não tinham realizado metade do que eu havia realizado. Coisas que se querem continuar!? Cá para mim há a certeza: o individuo a ser avaliado não pode ditar as regras! É mais democrático, aberto e leal!

quinta-feira, março 24, 2011

Austeridade! Sim? ou Não?

Ontem assistimos ao inevitável. As medidas governamentais para reduzir o déficit do Estado não foram aceites pelas forças políticas da Oposição e o Governo saíu. Estamos numa situação que lembra outros tempos, tempos constantes e continuados. Desde o Século XVI que se repete a situação: o estado não tem dinheiro para pagar as suas despesas, e, vai daí, pede empréstimos e aumenta os impostos. Como somos nós para estarmos em constante repetição? Talvez masoquistas? Itimeratos? Seja o que for, não me agrada esta situação. Não fui educado a viver à custa das benesses do Estado. Tendo nascido em Angola não tinha apoios sociais, de saúde ou outros. O que se conseguia resultava do esforço e do trabalho de cada um e de cada família. Como vamos ultrapassar a situação? Pelo que disseram as Oposições, todos e a uma só voz, há solução e não é necessário exigir sacrifícios. Boa. Venha o novo Governo para nos dar o que queremos. E viva o "regabofe".

quinta-feira, março 10, 2011

Estamos todos "À Rasca ?"

Parece que vai haver uma manifestação de jovens (?) sobre as dificuldades resultantes de terem formação universitária e não terem emprego ou, então, estarem em trabalho precário ou com os chamados recibos verdes. É engraçado ouvir esta justificação. Ela lembra-me os meus tempos de estudante, no Liceu e na Universidade, o que quer dizer nas décadas de 60 e 70 do Século que já passou. Tanto tempo. Quando estava a finalizar o Liceu o que se discutia era a empregabilidade de quem se formava. Ao tempo as notícias chegavam-nos da Suécia. Os jovens suecos, saíam da Universidade e tinham que se sujeitar ao emprego que era possível encontrar, fora do que era a sua formação. Já na Universidade, numa discussão sobre o mesmo tema, o Prtofessor Joel Serrão dizia: Estive recentemente nos EUA, em casa de um amigo universitário. Vou lá para partcipar em Encontros e Colóquios. Fiquei em casa dele, pois quando ele vem a Portugal fica em minha casa. Uma noite levou-me a jantar a um restaurante de qualidade (5 estrelas). A empregada aproximou-se para registar o pedido de refeição. O professor americano falou familiarmente com ela, conheciam-se pelo nome. Ele, português, admirou-se. Vem cá muitas vezes? perguntou. O americano respondeu que não. Era caro, só vinha com amigos em ocasiões especiais. Então? conhece bem a empregada. Responde o dito americano: Á, ela foi minha aluna na Universidade, boa aluna. Vai ter um bom futuro. Perante a admiração do professor Joel Serrão, ele acrescentou. Aqui é assim, não basta ter um curso universitário para ter garantido um lugar. É preciso lutar por isso. É o que ela está a fazer. Prarece-me que todos querem tudo dado. O meu progresso pessoal foi feito à custa de muitas dificuldades. A juventude de hoje parece estar à espera que lhe ofreçam tudo. A vida é uma luta contínua. Não estou de acordo com a afirmação de que se está a hipotecar o futuro dos outros. Então e o nosso? O que nos entregaram para resolver?

terça-feira, fevereiro 22, 2011

50 Anos da Guerra de África

Este ano fazem anos a memória e o sofrimento. Aconteceu, pela primeira vez, em Fevereiro, Luanda dia 4, ano de 1961. A revolta contra o envio dos prisioneiros políticos para o Tarrafal produziu várias mortes. Mas o pior estava para vir. 15 de Março, massacres da UPA. Foram indiscriminados e de extrema violência. Falar ou comentar a Guerra Colonial sem ter em conta os acontecimentos de Angola, em Março, é não atingir os pontos cruciais da História. Milhares de pessoas, homens, mulheres, crianças, brancos, mestiços e negros, foram massacrados à catanada, numa erupção de violência que se devia esperar e não se teve em conta. É preciso lembrar os mortos, todos os mortos, para se ter a dimensão do sofrimento e do que custou a Guerra da Independência das colónias portuguesas de África. Há sempre mais uma memória para descrever, uma revelação a acrescentar.

Há fogo a Oriente!

Estamos a assitir a um novo mundo. As revoltas das populações de credo muçulmano são extraordinárias. Há uns tempos atrás seria impensável considerar esta movimentação. Agora tudo está em mudança. As ditaduras estão a ficar sem sentido. A net, e com ela, os lugares de encontro e debate podem muito. E viva o facebook.