domingo, agosto 29, 2010

Os Manuais Escolares

Continua-se com a ideia de que a utilização de Manuais Escolares de anos anteriores constitui uma forma de poupança ou de incentivo. Não me parece que assim seja. Os Manuais e qualquer outro material escolar são utilizados pelo aluno durante o seu ano de escolaridade. Nesse tempo transporta-o diariamnete, folheia-o, faz os trabalhos e sugestões que nele se apresentam. No fim do ano já se encontram em mau estado, ou então, com folhas marcadas, riscados. Com sinais evidentes de uso. Pegar neles e entregá-los a novos alunos segundo a alegação de que estes, sendo de parcos recursos, não os podem comprar e que é uma ajuda à família, são posições inadequadas. O aluno é obrigado a aceitá-los. Rapidamente ficará com a prova de que é diferente dos outros que trazem livros novos. Ele sofre, à partida, uma auto-discriminação. Depois virá a dos colegas. O resultado será a recusa em trazê-lo para a Escola, em o utilizar. Fazer trabalhos para quê? Se já estão escritos? A uma folha dobrada seguir-se-ão mais folhas dobradas. É mais positivo e mais aconselhável que se distribuam livros novos a cada ano. Para isso há a Ação Social Escolar.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Portugal - Despatrimónio Europeu!?

Quem leu o jornal "Diário de Notícias" de hoje, 25 de Agosto de 2010, pg. 50, só pode perguntar: como pode isto ser possível? Com o título "Despatrimónio Europeu" o "Escritor" Vasco Graça Moura, que também é (ou foi) Deputado no Parlamento Europeu escreve uma Crónica que me parece descabida. A terminar o seu escrito refere:"Assim, um país analfabeto, predisposto à mendicância e propenso à falta de vergonha, desertificado e macrocéfalo, desequilibrado em todos os aspectos, que não trabalha, não produz, não tem agricultura nem indústria(...)Portugal tornou-se o mais sério candidato a despatrimónio europeu." Ora eu conheço o autor de há muitos anos na política. Esteve em governos do PSD, esteve no Parlamneto Europeu. O que andou a fazer para chegar a estas conclusões? É curioso registar este espírito puro de maledicência, do bota-abaixo, do desprezo pela nação onde se nasceu. Analfabeto significa desconhecimento de um código, o escrito, não ignorância ou incapacidade. Das realizações existentes fala a projecção actual do país! Há dificuldades, que não são só nossas! O que precisamos é de gente que tenha a capacidade de contribuir para o progresso. Os apóstolos da desgraça e dos desgraçadinhos sempre deram mau resultado. Agora vou à praia. Está um dia quente. Passam por mim na Marginal de Quarteira espanhóis, ingleses, italianos, alemães e franceses. Também vão brincar com as águas oceânicas. E sentimo-nos bem. A foto é nocturna. É para olhar com noção de património. Que seja cultural. Incline a cabeça!

terça-feira, agosto 17, 2010

É chegado o tempo quente

Desta vez foi em Agosto. A praga dos incendios ganhou forma a partir deste mês. A ação humana é cada vez mais avassaladora. O meio recente-se e sofre alterações que trazem profunda perturbação. No Norte do País as matas e campos estão a arder. O Parque Nacional da Peneda - Gerês foi, mais uma vez, devastado. Conheço a região e a sua beleza encantou-me. Para espanto de todos também a Rússia ardeu. Aí, onde as temperaturas eram baixas, registaram-se subidas alarmantes. É o que se vê. Continuamos a falar e a discutir as alterações climáticas mas pouco se faz para as evitar. Será que essas alterações resultam mesmo da ação humana? Outro fator de surpresa foi a execução, por lapidação, de um jovem casal no Afeganistão. Os Talibans voltam a matar. Fuzilam médicos e técnicos de saúde com a acusação de cristãos. Lapidam gente segundo uma lei religiosa. Que lei é essa? Que gente é essa?