terça-feira, julho 24, 2012

Já estamos a arder?!

Os fogos estão por todo o lado. Aqui o sol aperta, o terreno aquece o fogo aparece! É que por vezes há gente que gosta de ver tudo a arder. Por terras ribatejanas, aqui em Almeirim, não há desse mal. Não sei a razão principal, mas parece porque todos têm a sua fazenda.
Há tempos tínhamos um célebre apaga-fogos. O rapaz, com problemas mentais, sentia prazer em ver os carros dos bombeiros a sair. Então ia lançar fogo a ervas em qualquer lado. Resolveram, na altura, o problema. Ficou a dar assistência ao quartel!
Mas por todo o lado - Algarve, Beiras e Madeira - há incêndios. Todos correm todos gritam. Não há espectáculo mais triste do que ver os moradores a chorar na terra queimada.
A Madeira ardeu. Depois das ocultações e esconderijos eis que se verifica que não têm os equipamentos necessários para a calamidade. Numa terra abrupta, montanhosa, difícil. Pouca preparação do pessoal. Para não arder tudo vai daqui - do Continente, dos colonialistas - o apoio para o combate aos fogos. Vai uma mangueirada de palmas para o inefável Jardim.
Agora o desvario dos professores. As novas normas para os agrupamentos e redução de horários com o aumento do número de alunos por turma e a reformulação dos currículos gera desemprego. Aqui del-Rei que matam a cotovia. Mas não protestam (estarão intimidados com o seu partido?). Arranjam uns quantos bloquistas desvairados para gritar na Assembleia da República. Mas só isso?
Então com a Sr.ª Maria de Lurdes vieram aos gritos para a rua. Fora com a Ministra! Eu votei PS mas já não voto! Tudo em marcha. E agora onde está a contestação?
Não me parece que seja com atitudes políticas sobre uma questão profissional, que resolvem o problema! A política é a política, o Sindicato é o Sindicato.

terça-feira, julho 17, 2012

O nosso Humanário!

Estamos todos num excelente Humanário! Talvez seja exagerado referir a palavra, ou adjetivo excelente". Mas é o que sugere o Mundo em que vivemos, depois da pegada humana melhor será Humanário.
Aqui vemos e sentimos quase tudo. Alunos do Secundário que querem fazer um movimento para acabar com os exames. Lindo! Professores que agora gritam: Acudam aqui delRei que nos querem despedir. Mas não foram capazes de dialogar com a Dona Maria de Lurdes. Vieram todos para a rua. Agora estão em casa?
O nosso Tribunal Constitucional declara inconstitucional (que nome tão grande e agora saboroso) os cortes dos subsídios de férias e Natal. Mas este ano não. Não percebi bem a alegação apresentada. Pareceu-me muito rebuscada e dar para muitas mais interpretações. O que vão fazer os nossos amigos da governança? Aí vem mais lenha, diriam os brasileiros.
Para a definiçção de Humanário nada mais sugestivo do que as imagens que escolhi.
Até logo humanístas!




segunda-feira, julho 09, 2012

Nós também somos bons!

A constante referência de que somos um país pequeno e sem futuro ou com um futuro remediado é coisa que não me entusiasma. Há que ter em conta o que de facto somos e o que se tem conseguido ao longo do tempo!
É certo que temos gastado demais em relação ao que ganhamos e temos (isto não é o meu caso pois gosto de administrar os meus bens com rigor). Toda a gente reclama com a dívida, agora que a têm de pagar mais depressa. Mas quando beneficiavam dos privilégios e das realizações que lhes traziam mais conforto, não reclamavam. Gente boa, boazinha da silva!?
Há duas semanas que cheguei da cidade de New York. A dos EUA. Aquela amálgama de prédios gigantescos espetados no chão da ilha de Manhatan!
Ali temos de tudo. A cidade e as suas ruas e avenidas, parques. Museus. Coleções. Enfim com o dinheiro que conseguiram, junto ao poder, trouxeram coisas de todo o lado.
Obras de arte, arrojadas realizações arquitectónicas. Tudo!
E nós? Será que podemos estabelecer algum grau de comparação? Tendo em conta o nosso tamanho?
Aqui, nesta Almeirim ribatejana, a família resolveu ir a Lisboa ao Oceanário. Comboio em Santarém. Descida na Gare do Oriente. E aí estamos nós no percurso para o dito Oceanário. Estive nesse espaço aquando da Lisboa 98. Expo98. Agora de novo a percorrer estes espaços verifico que não somos assim tão pequenos. As obras de arte estão ali, à vista desarmada para se utilizar! O espaço mantém a sua harmonia e traz-nos a sensação de grandiosidade!
É um bom espaço urbano para se comparar com a grande maçã! Nas devidas proporções, óbvio!
As imagens, porque de ver é que se constrói a realidade, mostram a vontade que houve em querer ser grande e igual aos outros. Pois claro que custou muito dinheiro.
Agora querem vender o Pavilhão Atlântico por 20 milhões? Fartai vilanagem!