quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Todos ao Bolhão ? (Bulhão?)

A situação na cidade do Porto é muito curiosa. Ao que sabemos há a intenção da Câmara de recuperar o Mercado do Bolhão, fazendo a dita recuperação através de um contrato de exploração com uma empresa. A reclamação está na proposta para se acrescentar um supermercado nos pisos superiores. Que a recuperação é imperiosa é coisa que ninguém contesta. Que a Câmara se encontra endividada em excesso também não me parece que seja de questionar. E agora? Como pagar? As parcerias ou concursos para a entrada de privados em espaços públicos não pode ser combatida. Não somos um Estado de economia dirigida, aliás sentimos bem o que isso é. Mas o que me parece ser de gritos é a entrega de uma petição, com cinquenta mil assinaturas (até podiam ser mais), na Assembleia da República. Querem que se trave a acção municipal sobre o assunto. Mais uma grande curiosidade esta. O Poder Autárquico tem uma Legislação própria, é autónomo e funciona com as regras democráticas: exerce o poder quem obtém a maioria dos votos. Ora exigir a intervenção de outro órgão de soberania no Poder Autárquico é subverter as regras do jogo.

Professores e Avaliação

Temos ouvido bastantes coisas a propósito da Avaliação de Professores. Como se isso não bastasse temos visto muito mais coisas. Acontece que ainda não percebi quais são as razões que levam à contestação. Sou Professor Aposentado. Devo acrescentar que ainda tive a oportunidade de o último a sair com a porta a fechar. No meu trabalho diário sempre procurei responder com clareza e com conhecimento às situações que me foram surgindo. A avaliação a que me sujeitei foi a mesma que estava disponível para todos. Acontece que participei em inúmeras actividades e sempre tinhamos os nossos "avaliadores" de bancada. Agora há uma legislação para esse feito. Tirando o facto de não estar bem informado sobre o tema, considero que a Avaliação não pode ser rejeitada só porque existe ou porque contém pontos duvidosos. Ela ainda não foi aplicada e a reclamação não pode ser descartável. Está a passar para a generalidade dos cidadãos que trabalham a figura do professor que não quer ser avaliado. Que recusa tal facto. Os profissionais não podem recusar o que é óbvio. É necessário exigir melhores condições de trabalho, de funcionamento do sistema, de respeito pela figura do educador. Mas há que se ter em conta que é necessário que cada um dê o melhor que pode e sabe.