domingo, setembro 16, 2007

Vamos dar computadores à malta.

A notícia sobre a abertura das aulas é elucidativa. O Governo em peso: creio que sete ministros e mais Secretários de Estado, estiveram nas Escolas, na abertura do ano escolar, e acabaram por seguir a sua política de "dar computadores". Atenção"há que se pagar 150€". O que admira não será o facto de se proporcionar aparelhos informáticos e banda larga de acesso à net, o que é de espantar é esta maneira de fazer propaganda política ao Zé Pagode. No tempo de Marcelo Caetano, se se lembram, ele dizia que não se podia dar a democracia ao povo porque este não era suficientemente educado para isso. Agora, de outra forma, parece que se anda a dizer que o povo não é suficientemente educado para perceber que se procura tapar o sol com a peneira. Há fábricas que fecham. Há incendios e fábricas que ardem. O desemprego vai acima dos 8%. Continuamos no entanto com a política da publicidade governativa. Não estou a fazer qualquer tipo de política. Constactar os factos como cidadão comum é um direito democrático, e, diga-se, sou já muito educado. Enquanto isto decorre não podemos deixar de ter em atenção a afirmação de um estudante que refere que a sua Escola não tem boas condições de funcionamento: chove nas salas, faltam equipamentos. Já agora é de elogiar a acção da Câmara Municipal de Abrantes no que se refere à sua estratégia de dotar as Escolas do Concelho de sistemas informáticos.

segunda-feira, setembro 10, 2007

A Educação e as novidades

Assistimos hoje a mais uma acção do Ministério da Educação. Foram assinados protocolos com vinte escolas (?) para a sua autonomia. O que parece estranho é a questão de os conselhos directivos assinarem com o Ministério da Educação protocolos para a autonomia. Quem é o dono das Escolas? Quem contrata e paga aos agentes escolares? Quem determina os orçamentos anuais para a Educação e para as Escolas? Os presidentes e demais elementos dos Conselhos Directivos são funcionários que estão obrigados ao cumprimento das Leis para o sector. Assinar Protocolos? Qual será a sua independência e autonomia?

As novidades da criança inglesa - Madeleine.

Agora todos ouvimos e vemos uma evolução do caso do desaparecimento da criança. As buscas não têm resultado em dados que permitam conhecer verdadeiramente o que se passou. Não posso desligar este caso dos que se passaram com cidadãos nacionais. Acontece que o facto da nacionalidade de origem provocou um impacto muito maior. A divulgação da suspeita de intervenção dos pais parece que fez desabar o mundo. Sou dos que acreditam que todos os caminhos são viáveis. Aliás era o que dizia o pai da criança. Mas não posso deixar de protestar pelo modo como a imprensa, e especialmente as televisões, tem tratado o caso. Há uma especulação doentia, uma falsificação propositada do que se está a passar. O que interessa será a captação das audiências. Isso não pode ser tolerado porque a informação adulterada e manipulada pode gerar situações perigosas e afrontar com os direitos pessoais. Veja-se o caso de hoje. A RTP passa uma reportagem colhida na localidade onde vivem os pais, em Inglaterra. A reporter questiona várias pessoas. Uma delas, um homem de meia idade, não aceita as questões e protesta pela insistência dos média. É inquirido violentamente pela repórter para se explicar. Não responder ou, protestar, pela insistência é um direito. Os reporteres de televisão não são senhores de todos os direitos.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Cultura e Património

Esta nossa cidade tem das suas. Mal chega um cidadão das férias e logo apanha com as novidades locais. Há no ar uma confusão! Não conheço quem pretenda refazer construções antigas, desaparecidas há Séculos. Isso não se faz. Ninguém pode reconstruir um espaço arqueológico desaparecido. O que importa será a pesquisa, o estudo e a investigação sobre ocorrências e monumentos, objectos e artefactos que sejam portadores de informação histórica que valorize o Património Local. Este pedaço rural do Ribatejo tem sido useiro e vezeiro em arrasar esses testemunhos. Encontrá-los e procurar neles informações é tarefa que já está dificultada à partida. Mas é possível encontrar ou identificar as marca ou vestígios. Isso é falar de estudo do património, de salvaguarda da herança cultural.

domingo, setembro 02, 2007

Tempo de Férias - tempo acabado

Voltei do tempo de férias, se é que se pode chamar "tempo" uma vez que já não estou no activo. De qualquer modo foi um momento de mudança e de novos horizontes.
Horizontes algarvios, diga-se. Este ano houve um facto a registar. Estivemos em Quarteira o mês de Agosto, e ao longo dos anos fomos reparando que a segunda quinzena do dito mês apresentava uma frequência muito menor do que a primeira. Menos trânsito, menos gente. Este ano aconteceu o contrário. A segunda quinzena registou um número considerável de veraneantes, quase superior aos da anterior.
Quando procurava a explicação para esta alteração de hábitos, dei com uma reportagem sobre a praia da Caparica. Dizia-se que havia uma redução de cerca de 60% na frequência e no comércio. As razões indicadas apontavam para o desgaste das areia e mau tempo.
Estava explicada a alteração. As pessoas optaram pelo Algarve.