domingo, maio 26, 2013

Economia e Política!

É deveras curioso conseguir compreender a ligação entre a economia e a política. O que importa será definir a relação de dependência entre elas: será a política dependente da economia ou será o contrário? Razão dos contrários, eis a razão principal!
Há dias acompanhei parte da entrevista do Sr. Bagão Felix, que de entre os vários títulos que tem acrescenta o de ministro das finanças. A sua intervenção era crítica relativamente ao atual Governo. Mas, vai daí, e com o maior desplante de cientista económico e financeiro apresenta um gráfico. Junta o número de funcionários do Estado com os aposentados da Caixa Geral e da Segurança Social, soma os beneficiários do Rendimento Mínimo e apresenta um número superior a 5.000.000 de pessoas. Acrescenta a seguir que há pouco mais de 3.000.000 de trabalhadores do privado a fazer descontos (impostos). Bonito e muito informativo. Mas para esclarecer o que quer dizer acrescenta que só há 3.000.000 a contribuir e que o número dos dependentes do Estado é incomportável. Grande economista e financeiro. Vamos por partes: será que é possível a um Estado funcionar sem trabalhadores? Esses trabalhadores não terão direito a uma remuneração pelo serviço que prestam? Não lhes são descontados impostos? No fim da sua carreira contributiva e depois de atingida a idade da reforma não terão direito a ela? O Estado, qualquer Estado, não tem obrigações perante os seus trabalhadores?
Conclusão: para o Sr. Bagão Felix o Estado não é uma entidade patronal com as obrigações legais de todas as entidades patronais. Mais: os trabalhadores do Estado (leia-se funcionários públicos) não têm direitos nem regalias. Acrescente-se que as obrigações resultantes das pensões que se pagam (houve descontos mensais nos salários feitos de acordo com o montante mensal recebido)são um peso e não podem suportar-se. Já não falo na sua conceção sobre os direitos sociais.
A Política deve ser a norma principal de conduta para quem gere os negócios públicos do Estado. Mas os políticos devem ser rigorosos no exercício das suas funções. Tudo o resto deve estar dependente dessa relação.
Também há dias li uma declaração dos economistas que tinham um artigo científico sobre a questão da solvência dos países com dívidas superiores a 90% do PIB. O que tinham escrito estava errado por haver um erra de cálculo. No entanto os autores apareciam a dizer que o erro, que já tinham emendado, não era suficiente para anular as suas conclusões. O que estava errado é que os políticos tinham aproveitado o seu estudo para introduzir justificações à ação que estavam a desenvolver (viva o nosso Gaspar).
O chamado Mundo-Global está a adulterar a nossa realidade e o nosso direito à segurança e bem-estar.

quinta-feira, maio 23, 2013

Portugal - Guerra aberta aos pensionistas!

Pois está mesmo a ver-se e a sentir-se. Há uma tentativa aberta e não disfarçada de se tapar o sol com a peneira. O Portas - lembram-se do dito eleitoral: "passos de coelho e portas a bater?" - que vem a dizer e proclamar que tem uma linha vermelha. Ele o homem do azul centrista a classificar-se de vermelho? A sua guerra contra a chamada tsu dos pensionistas não é mais do que um disfarce para o ataque total aos pensionistas do Estado. Aí é que está a ação mais devastadora possível para o rendimento de quem realizou uma atividade profissional no Estado (o português, pois claro). A chamada convergência das pensões do público com o privado não é para beneficiar o privado mas sim para destruir o rendimento dos que serviram no público.
Há que se esclarecer que no serviço público as categorias profissionais funcionavam e funcionam sem alterações de anos ou tempos. Há um escalão que corresponde a um vencimento, que progridem ao longo da carreira. Assim não há e não houve anos de maior ou menor rendimento, consoante a carreira e a entidade a que se prestou serviço. O cálculo da pensão foi sobre esses montantes auferidos ao longo da carreira contributiva. Agora falar em igualdade para impor a "convergência" é introduzir nas regras de conduta obrigatória entre entidade patronal e entidade laboral, um discurso que nunca existiu. E dizem que é com buscas para trás - retroatividade. Como?
Há no horizonte fumos negros e castanhos. Também podem colocar uns amarelos e vermelhos. Os tambores da guerra parecem ouvir-se no negrume da insensatez.

sexta-feira, maio 10, 2013

Lisboa e Joana Vasconcelos

Agora é que a coisa muda. A Exposição de Joana Vasconcelos no Palácio da Ajuda traz uma realidade que permite leituras novas. A arte de se transformar os objetos do quotidiano em coisas lindas não é para amadores. JV dá-nos a sensação da construção de novos espaços e de novas formas de entendimento daquilo que somos e desejamos vir a ser. O Palácio da Ajuda, residência do Rei D. Luís, aquele que foi rei por acaso - o irmão morreu doente - é uma construção que ainda mantém a sua "vida própria". Os trabalhos artísticos de Joana Vasconcelos introduzem-se sem perturbar a ordem, antes modificando-a e acrescentando-lhe uma leitura mais inovadora.
O Tejo, o mar da palha e Lisboa. A volta pelas suas águas mostra-nos uma Lisboa diferente. Seguramente esta nossa cidade não foi feita para ser vista do rio. Mas casa-se com ele. Sem grandes alardes ou imponências.
A Torre manuelina lá está. Hoje vigilante mudo e quieto. Mas vigilante. O Padrão henriquino, afirmação do estado Novo, parece romper as águas e partir para uma viagem de aventura e descoberta.
Vale a pena a visita. O Azul do céu de Maio traz um grito de esperança. Não sei em quê! Mas traz.

terça-feira, maio 07, 2013

Um Tempo Complicado!

Estas "Conversas em Família" que estes nossos primeiro e segundo ministros trazem, são de incluir no conjunto das regras do absurdo.
Agora se continua com o mesmo procedimento: para encolher a despesa pública tira-se o rendimento aos funcionários e pensionistas. Mas que forma de Governo é esta que se utiliza a diminuição dos ganhos de quem trabalha para provocar crescimento? De quem?
O despudor - aqui até estou a utilizar frases bonitas - com que trabalham no corte dos rendimentos pessoais é esclarecedor da sua arrogância e respeito pelos outros.
Todos fazem contas e apresentam soluções. Continuo com o mesmo princípio: o que pretendo são propostas válidas e credíveis. Nesta linha de conduta estou a recordar as declarações do Sr. do PCP. "Pedimos a todos os democratas e camaradas que ajudem a derrubar este Governo". Como? o PCP teve cerca de 11% da votação em eleições livres e democráticas. Os ditos do Governo têm maioria absoluta. Qual será a forma mais adequada para alterar as políticas seguidas e qual o tempo para o fazer? As próximas eleições são em 2015. Agora temos as autárquicas.
Parece-me que falta sentido da realidade aos nossos políticos. fazem marchas, organizam manifestações, protestos. Até aparecem a misturar-se com manifestações genuínas das populações em protesto.
Enfim. Precisamos de uma dinâmica democrática, séria e realista, para defrontar esta guerra aberta contra os servidores do Estado e os Pensionistas.
Junto umas fotos. Que a Luz, a Cor e a Forma nos alegrem o pensamento e permitam o encontro de uma solução.
Aqui nos campo do Ribatejo e, mais ao lado, na cidade de Almeirim, as coisas parecem esquecidas. Espera-se o calor . Todos temos várias palavras a dizer.

sexta-feira, maio 03, 2013

USA Today!?

A notícia vai correndo por tudo quanto é papel escrito, blogosfera, net, espaço mediático e afins. Nos Estados Unidos uma criança de 5 anos matou a tiro a irmã de 2. É isso mesmo. também fui confirmar e reli. Mas não havia engano.
A história do caso é a explicação real do "way of life" norte-americano: todos têm o que querem e ter armas faz parte da sua cultura. Então porque andam para aí a matar a gente de outras terras e lugares segundo o princípio da "democracia e respeito pelos direitos humanos?".
Os pais das crianças dizem que não sabiam que a arma estava carregada. Mas ofereceram a arma à criança de 5 anos e ensinaram-na a utilizar o artefacto. A mãe diz que se ausentou por três minutos. Aí está: em três minutos uma criança vai buscar uma espingarda - que é feita propositadamente para crianças (brinquedo lindo) - aponta-a à irmã e dispara. Já se perguntaram o que será, a partir de agora, a vida do menino de 5 anos? E o direito à vida daquela criança de 2 que deveria ter quem a ajudasse e protegesse?
Vai muito longa a discussão naquele país a propósito das armas. Impressiona o discurso dos que dizem que as ditas fazem parte da sua cultura e que o que há é ter cautela. É incrível o desprezo pela vida e segurança das pessoas. Armas todos os países têm. Carregar no gatilho e disparar toda a gente pode fazer. O que importa é saber se é um direito universal cada um possuir esses instrumentos de morte e utilizá-los como lhe apetecer. Os exemplos são tantos que importa perguntar: afinal onde é que estão os terroristas?