domingo, março 31, 2013

Há Cheia no Tejo!

Agora que temos a Primavera de entrada surge o perigo das cheias. Há alguns anos que não se sentia. As alterações climáticas provocaram pouca chuva, as barragens retiveram a água, o desvio de águas em Espanha ajudou. Já parecia uma paisagem normal o rio Tejo, aqui por Santarém e Almeirim, ter as areias à mostra (o mesmo que dizer: ter a fralda à mostra).
Agora corre grosso e abundante. Parece um prazer novo ver o movimento das águas e a ocupação dos espaços marginais.
Flores crescem. Como sempre cresceram. Há um conforto de limpeza que parece estar para durar.
Desta vez os agricultores não se devem lamentar. Há água. E mesmo assim não sei, a mama dos subsídios está a acabar!
E que venham as águas e corram para o mar.
É caso para se dizer: limpos mas a ficar pobrezinhos.

quinta-feira, março 28, 2013

Sócrates: O Regressado!

E então? Ei-lo que regressa! Não o Sócrates de Atenas, o grego, que gregos não queremos, embora nos estejamos a ver nisso!. É José Sócrates que foi primeiro ministro antes deste Governo.
Causou espanto e reclamação. Não sei porquê! O nosso regime parece que ainda é democrático o que permite aos cidadãos intervir quando o desejarem. Mas os que protestaram será que se aperceberam do que fizeram? Então vai passar a ser moda reclamar com a presença dos que exerceram cargos políticos! Nesta linha de pensamento podemos perguntar o que se vai fazer ao nosso Passos e ao famoso Gaspar e Companhia?
Ouvi com atenção o que se disse na entrevista. A conclusão é que já devia ter falado há mais tempo. As revelações vieram esclarecer muitas dúvidas. Claro que para quem as quer ouvir.
Parem de escavar o buraco. Lógico e tão simples como isso. Mais austeridade aumenta o buraco da miséria e das falências; mais liberalidade aumenta o buraco da dívida. Então? Em que ficamos!?
Buraco por buraco prefiro não ver e sentir a miséria, o desemprego, o desespero da gente que procura um lugar, principalmente os jovens.
Porra! Parem de escavar e de aumentar a buraca!

quinta-feira, março 21, 2013

Para onde vamos? Chipre a ilha pendurada.

Os comportamentos nacionais não param de nos surpreender. Agora a história daquela ilha do Mediterrâneo Oriental, a Chipre das Cruzadas.
Quem tem dinheiro depositado no Banco paga uma taxa por isso. Mas quem é que descobriu esta inovação? Será um candidato a prémio Nobel? Há uma histeria à volta da salvação dos Bancos e do sistema bancário que não consigo perceber! O que terá verdadeiramente acontecido? Por que é que os Bancos estão sem dinheiro? Vão à bancarrota deixando os depositantes na miséria! Quem fez isso?
Há mais perguntas que respostas. Agora dizer à Ilha e à sua gente que têm de pagar as perdas financeiras destas entidades, que deveriam funcionar para salvaguardar as poupanças e dinheiros de quem neles os confia, é coisa de outro mundo. Venham mais ETs para resolver este pesadelo.
Aqui somos tributados por tudo. A par de nos terem aumentado os pagamentos, impostos, taxas, créditos, serviços sociais e medicinais, há o desconto na pensão, o aumento da taxa de IRS, a redução de escalões. Já somaram isto tudo? O certo é que tudo junto ultrapassa os 50% do que se recebe.
Mas não há redução do deficit (nome mais estrambólico). O que nos levam, sem nossa autorização porque os Senhores mandam, já ultrapassa o que seria legítimo e saudável.
Mas a dívida não baixa. Querem mesmo que baixe?
O nosso sistema está a falir. A aposta nos centros financeiros e na gestão dos YUPIs só deu merda! Dinheiro também é mercadoria. Tem que ser movimentado e aplicado com regras e com as cautelas necessárias.
Não é mais possível deixar tudo nas mãos de gente ávida e sem escrúpulos.
Depois da loucura dos marxistas e dos seus regimes totalitários temos agora a loucura dos super-capitalistas.
O Mundo Novo, que tem de vir após esta destruição, tarda em chegar.

sábado, março 16, 2013

Nestes dias e nestas noites!

Há títulos para tudo. É só pensar neles e procurar uma ou mais palavras que exprimam o desejo de comunicar! Não será o caso do "nosso" P. Coelho, que quase não acerta uma. Mas lá vai. Fomos a Tomar.
A cidade do Nabão. O rio ia cheio. Mas o barco não anda, lá diz a canção.
Os espaços são os mesmos. As alterações urbanos são poucos. Isto tendo por referência os mais de dez anos em que lá não aparecia.
Os centros de interesse continuam a atrair gente. O Convento de Cristo, sempre à espera de uma intervenção mais cuidada e rejuvenescedora, as Igrejas e a sinagoga.
Deambulámos pelas ruas. Pouco movimento, uma luz cinzenta, talvez acastanhada ilumina os espaços. De vez em quando uma praça que se abre. Meia dúzia de gente de idade avançada pelos bancos. Olham e ali estão.
Está frio porque é inverno e o vento sopra do sítio costumeiro "de Espanha nem bom vento nem bom casamento".
Uma visita de enriquecimento e de novos horizontes.
A janela do Convento de Cristo merece um destaque especial. É uma obra escultórica de significados múltiplos. Só quem conheceu novos mundos e novos horizontes podia ter criado aquela profusão de sinais.
Olha-se para ver e compreender. A pergunta final é sempre a mesma: quem criou estas obras, quem percorreu as sete partidas do mundo, quem trouxe conhecimentos e riquezas novas, estes quems todos como é que chegaram ao nosso hoje com esta performance?